tag:blogger.com,1999:blog-151453052024-03-08T19:02:08.721+00:00Beira MedievalFred Ribeirohttp://www.blogger.com/profile/11217400643136853770noreply@blogger.comBlogger964125tag:blogger.com,1999:blog-15145305.post-24557614426770052562015-10-04T20:00:00.000+01:002015-10-04T20:12:10.497+01:00Costa2015 ao Fundo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiqVbNXxPYUDwWPh2BDIJZ54qs8YzwhIQiyXMYr6H5ER5bHfb-zK8vTeZjQ4RuADiKvWF3fPVp9AiQbVQa_0WAiHDwoJJet1vd9o5m-XYFy4yYs0jLLwcFVcTaIkh_b2ZC7yg8/s1600/Screenshot+2015-10-04+20.02.41.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="234" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiqVbNXxPYUDwWPh2BDIJZ54qs8YzwhIQiyXMYr6H5ER5bHfb-zK8vTeZjQ4RuADiKvWF3fPVp9AiQbVQa_0WAiHDwoJJet1vd9o5m-XYFy4yYs0jLLwcFVcTaIkh_b2ZC7yg8/s320/Screenshot+2015-10-04+20.02.41.png" width="320" /></a></div>
Foi a moda nos slogans das últimas autárquicas: SerafimSaudade2013<br />
<br />
Um estilo narcisista, coerente com o perfil de governança local em Portugal: “Eu é que sou o Presidente!”<br />
Portugal à Frente ganhou as Eleições Legislativas, por mérito do principal adversário.<br />
<br />
António Costa arranca em grande desvantagem para estas eleições. A saber:<br />
- As responsabilidades do seu partido na última bancarrota portuguesa. Recorde-se que em 1995, o PSD deixou o governo com um endividamento externo líquido inferior a 20% do PIB Nacional<br />
- A forma como chega a Secretário Geral do PS<br />
- A sua incapacidade para terminar os mandatos para os quais é empossado<br />
- A ausência de equipa governamental<br />
<br />
<div>
Quatro Calcanhares de Aquilles que António Costa tinha que dissolver durante a campanha eleitoral. Quatro a zero foi o resultado.<br />
<br />
A actividade politica não é uma profissão. Tal como ser amante ou progenitor.<br />
Todo o Homem tem competências políticas.<br />
Naturalmente, que pode ter essas competências mais estimuladas que a maioria dos restantes. Tal como um progenitor de uma familia numerosa estará mais habilitado para gerir conflitos familiares.<br />
<br />
Mas é preciso mais para representar um povo.<br />
<br />
Ninguém sabe o que andou António Costa a fazer fora da política. Foi voluntário em acções de alfabetização de emigrantes? Foi carpinteiro ou gestor de empresas? É praticante de rafting?<br />
O que faz este homem, para além de palestrar sobre a sua visão para Portugal?<br />
<br />
Falta a muitos portugueses uma cultura política, consequência da Ditadura.<br />
Mas a falta de respeito, os portugueses sabem identificar.<br />
António Costa não explicou porque interrompeu o mandato de António José Seguro como Secretário Geral do Partido Socialista. E ainda mais, porque o fez no único momento em que as Sondagens apontaram uma vantagem do seu partido sobre a oposição.<br />
Ganância é a única resposta possível, mas que tinha de ser contrariada.<br />
<br />
Qual é o Governo que o Partido Socialista propôe para Portugal?<br />
Quem foi o porta-voz das áreas estratégicas como a Educação, Saúde, Segurança Social e a Economia?<br />
Costa2015 responde. Temos um líder chamado António Costa. Um homem a quem não se conhece uma profissão, mas capaz de falar sobre tudo isto.<br />
Cai a ficha, quando tenta dizer que vai financiar o défice da Segurança Social com as pensões de sobrevivência.<br />
<br />
Para além disso, revela uma enorme incapacidade de aprendizagem.<br />
O Bloco de Esquerda foi encostado às cordas nas últimas Legislativas por se ter recusado a reunir com os financiadores externos.<br />
António Costa caiu na única armadilha que foi montada pela oposição: “Independentemente dos resultados, a 5 de Outubro o PS estará disposto a sentar-se com a Coligação para discutir a sustentabilidade da Segurança Social?”<br />
<br />
A resposta foi clara. A avaliação dos portugueses também.</div>
Fred Ribeirohttp://www.blogger.com/profile/11217400643136853770noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-15145305.post-64261156267732466052015-08-12T07:00:00.000+01:002015-08-12T07:00:04.539+01:00Férias na CampagneUma parte significativa das moradias na nossa região pertencem a famílias emigradas.<br />Chegam por estes dias às vilas e aldeias, cantam e dançam melodias que o território já esqueceu.<br />Tal como aqueles que partem para o litoral, idealizam um campo parado no tempo e as cidades no auge da modernidade.<br /><br />Não sei se é um problema de Educação ou da sua ausência.<br />As cidades lutam pela melhoria da qualidade dos seus recursos, tão básicos como o ar que se respira.<br />Promovem as hortas de varanda, orientadas para as avenidas do carbono.<br />Procuram a descida dos custos de vida e a eficiência nos transportes.<br />Em termos práticos, as cidades ambicionam ser campo.<br /><br />E isto acontece porque o modelo de cidade que conhecemos ultrapassou a barreira da sua sustentabilidade.<br />Na Europa, o campo é para quem pode.<br /><br />O atraso destes territórios reside nas suas políticas.<br />Depois da desindustrialização, retomamos o mesmo caminho sem nada aprender.<br />Negócios baseados em salários mínimos estarão condenados no tempo. E enquanto o pau vai e vem, somos ultrapassados por aqueles que instalam os negócios certos nos locais com essa vocação.<br />Mas isso obrigaria os eleitos a conhecer a vocação dos seus territórios, e a ler as milhares de páginas dos estudos contratados e pagos para as estratégias territoriais.<br />É pedir muito.<br />Mas esta é a discussão que é compreendida por poucos. Por isso, cantemos.Fred Ribeirohttp://www.blogger.com/profile/11217400643136853770noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-15145305.post-19977015233414832042015-07-02T20:11:00.000+01:002015-08-05T20:12:27.591+01:00Vida em TransiçãoA revolução industrial iniciou a dependência global do petróleo.<br />As fábricas exigem elevadas potencias de energia, e por isso, os produtores de petróleo e dos seus derivados assumiram o controlo do mundo.<br /><br /><div>
No meio das encostas serranas, nascem os grupos de “transição”, que pretendem demonstrar a capacidade do Homem em viver desconectado desta dependência.<br />São famílias com produção própria de energia a partir de paineis solares, com água canalizada a partir de nascentes de cotas superiores às habitações e com sistemas de compostagem baseados em residuos orgânicos ou serradura, garantindo a prazo a produção de adubo para as hortas familiares.<br />A este estilo de vida, estas comunidades adicionam diversas práticas meditativas, capazes de recentrar as suas consciências na essência da vida humana.<br /></div>
<div>
A análise cuidada deste fenómeno, desperta-nos para questões simples mas inéditas: os componentes dos detergentes, champôs e pastas de dentes que usamos em nossas casas são amigos do ambiente?<br />Em caso negativo, o que poderemos prever para a qualidade de vida dos nossos filhos e netos?<br />Acredito que este processo não é indutor de regressos ao passado, mas antes, sementes de um novo futuro.<br /><br />Aos interessados na temática, recomendo a leitura do blog do almadeidense Luís Queirós em <a href="http://poscarbono.blogspot.com/">http://poscarbono.blogspot.com</a> e nos relatos deste novo estilo de vida em <a href="http://vidaemtransicao.pt/blog/">http://vidaemtransicao.pt/blog/</a></div>
Fred Ribeirohttp://www.blogger.com/profile/11217400643136853770noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-15145305.post-26589406239808134492015-03-05T19:15:00.000+00:002015-09-01T19:15:28.943+01:00O baile do engateNo passado dia 27 de Fevereiro, a Assembleia Municipal da Guarda foi palco de controvérsia.<br />Fernando Carvalho Rodrigues, reconhecida personalidade portuguesa e Presidente daquela assembleia, exigiu “factos” nas respostas de Álvaro Amaro aos assuntos em debate.<br /><br />Conheço Carvalho Rodrigues e a sua entrega à causa pública. A sua relação com a vida partidária é desinteressada, o que o transforma num perigoso actor desse sistema.<br />E este facto, que pode parecer menor, releva uma nova atitude na politica portuguesa.<br />Quem não percebeu, continua a julgar-se bravo fazendeiro e a recolher o vexame público pelo triste comportamento.<br /><br />Também na passada semana, realizou-se a Assembleia de Pais do Agrupamento de Escolas de Trancoso. E também aqui, o expediente visava perpetuar dinastias, e com a autoridade de Presidente da Mesa da Assembleia Geral, Júlio Sarmento convocou uma assembleia no limite legal para o fazer, e com isso, reduziu a zero minutos o prazo para apresentação de listas concorrentes para a nova direcção.<br /><br />Obviamente que estes incidentes seriam caricatos se não fossem a imagem de um tempo que já passou.<br /><br />O modo, a embalagem e o conteúdo deste tipo de politica são a vergonha de Portugal.<br />Quem ambiciona o “Sentido de Estado” não pode fazer a política da casa da lâmpada encarnada.Fred Ribeirohttp://www.blogger.com/profile/11217400643136853770noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-15145305.post-77484986978105359812015-01-24T16:32:00.001+00:002015-01-24T16:32:09.595+00:00Região da Guarda alcança 3 Certificações ES+<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTqr3HIicaZXMu9eucJQmHuqcLRECNjfD7g7ko7IpuWkbxD9ALwmJOatMN2DQSK4uVT-Gyu93PGdncPSPUXCcEFBTDpC2Ie6y6sdlv3EyhT7-OkPuEyfd0CZCNoB8KL-mKInsm/s1600/Screenshot+2015-01-24+12.14.17.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTqr3HIicaZXMu9eucJQmHuqcLRECNjfD7g7ko7IpuWkbxD9ALwmJOatMN2DQSK4uVT-Gyu93PGdncPSPUXCcEFBTDpC2Ie6y6sdlv3EyhT7-OkPuEyfd0CZCNoB8KL-mKInsm/s1600/Screenshot+2015-01-24+12.14.17.png" height="320" width="222" /></a></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8000001907349px;">
O Mapa de Inovação e Empreendedorismo Social, coordenado pelo Gestor do Programa Governamental "Portugal Inovação Social" certificou três entidades na Região da Guarda.</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8000001907349px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8000001907349px;">
A saber:</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8000001907349px;">
<span style="font-size: 12.8000001907349px;">- ASTA - Associação Sócio Terapêutica de Almeida, concelho de Almeida</span></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8000001907349px;">
- ATN - Associação Transumância Natureza, concelho de Figueira de Castelo Rodrigo</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8000001907349px;">
- Programa Novos Povoadores, concelho de Figueira de Castelo Rodrigo</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8000001907349px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8000001907349px;">
Os restantes concelhos da região da Guarda não tiveram qualquer certificação nas suas iniciativas sociais.</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8000001907349px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8000001907349px;">
A nível nacional, estão certificadas nesta fase 134 iniciativas, das 4205 analisadas.</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8000001907349px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8000001907349px;">
Saber mais sobre o <a href="http://mies.pt/index.php/pt/o-mies/como-funciona">Mapa de Inovação e Empreendedorismo Social</a></div>
Fred Ribeirohttp://www.blogger.com/profile/11217400643136853770noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-15145305.post-55267307312930259692014-12-18T20:40:00.000+00:002015-08-05T20:40:53.979+01:00Feira do Gado em TrancosoRealizou-se no passado sábado a II Feira/Mostra do Gado em Trancoso.<br /><br />A actividade agricola tem perdido importância na economia portuguesa, e os subsídios aos jovens agricultores não são indutores de convicções para a maioria da população rural.<br /><br />Um dia chuvoso e escuro não fazia prever a enchente que se encontrou no Mercado do Gado de Trancoso, onde o estacionamento em segunda fila foi a opção para os menos pontuais.<br /><br />Na Mostra de Gado apresentaram-se animais de 40 explorações pecuárias.<br /><br />Na sala de conferência, o frio não demoveu os criadores e visitantes para discutirem as oportunidades para a melhoria da qualidade das explorações e para o licenciamento de pequenas unidades industriais.<br /><br />O clima aqueceu, quando se discutiu o valor do leite, cuja qualidade proteíca é desvalorizada no momento da venda desse produto.<br />As acesas discussões que se seguiram, já no exterior do edifício, demonstram que existe vontade de investimento dos produtores para a melhoria e monitorização da qualidade do leite, com vantagens directas para a indústria que opera em produtos de maior valor.<br /><br />Portugal não tem condições para competir em quantidade. Mas se a qualidade for a prioridade, os nossos produtos endógenos atingirão segmentos de mercado que estão disponíveis para recompensar melhor os nossos produtores.Fred Ribeirohttp://www.blogger.com/profile/11217400643136853770noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-15145305.post-52003667210867870292014-05-09T08:39:00.000+01:002014-05-09T08:39:00.605+01:00Sexo na Beira<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmd0H2O7zFeAF2SZa6PzjKXM9F78LkPOCuNDFcOwJt8q1oArPbHgRzKIuKMSnBQ1lb5oMwA2UbZVikVAaOiFoToA-HXgY2ueaCkbNpWgAa-9SbPPGMyyT6MPYVFO2QJxyWAbz8/s1600/unhappy-couple-drinking.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmd0H2O7zFeAF2SZa6PzjKXM9F78LkPOCuNDFcOwJt8q1oArPbHgRzKIuKMSnBQ1lb5oMwA2UbZVikVAaOiFoToA-HXgY2ueaCkbNpWgAa-9SbPPGMyyT6MPYVFO2QJxyWAbz8/s1600/unhappy-couple-drinking.jpg" height="133" width="200" /></a></div>
A Guarda marcou presença na agenda ibérica de Turismo.<br />
A FIT, evento do passado fim de semana naquela cidade, foi uma clara demonstração de vitalidade e união da região para promover o turismo de interior.<br />
<br />
O espaço revelou-se pequeno para a quantidade de expositores que pretenderam marcar presença.<br />
O sector do turismo, tantas vezes usado como solução para todos os males do interior, não deve ser responsabilizado pelo insucesso do Desenvolvimento Rural.<br />
Tem contribuído com 15 a 20% do PIB destes territórios, um valor elevado quando comparado com a maioria das regiões rurais da Europa.<br />
<br />
A centralidade entre Lisboa e Madrid, a proximidade da fronteira e a dinâmica da própria cidade, são condições necessárias para alcançar o desejado posicionamento.<br />
<br />
Acredito que o reforço dos produtos regionais, como o Vinho, o Azeite, a Amêndoa, a Castanha e o Mel, para além da produção animal, são factores críticos para a afirmação desta centralidade.<br />
<br />
Depois das aventuras e desventuras com a constituição do corpo directivo da Comunidade Intermunicipal, a união dos agentes políticos da região será fundamental para estagnar o atraso sobre as outras regiões rurais do nosso país.<br />
Não é exigível que seja uma relação de amor. Basta que seja uma união de facto.Fred Ribeirohttp://www.blogger.com/profile/11217400643136853770noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-15145305.post-12668859180577047662014-05-06T22:27:00.001+01:002014-05-06T22:27:39.791+01:00Inteligência tributária<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkP7Dig2rXNuyePWx1u_h4LJ72QugDYOQ1SEgywYpfzF52suU9zXGFbthNwzW-hOoqHzxisI6N8TgF-BwZoQLu682bQeQ70UENBbdSgL3263vepOT6VWllYbsoMa_-jKLNz9Dt/s1600/838275.jpeg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkP7Dig2rXNuyePWx1u_h4LJ72QugDYOQ1SEgywYpfzF52suU9zXGFbthNwzW-hOoqHzxisI6N8TgF-BwZoQLu682bQeQ70UENBbdSgL3263vepOT6VWllYbsoMa_-jKLNz9Dt/s1600/838275.jpeg" height="213" width="320" /></a></div>
A Trottleman é uma marca conhecida de roupa, que poucos sabiam que era portuguesa.<br /><br />Utilizo o verbo no passado, porque a empresa entrou em insolvência. Apenas e só, porque o Ministério das Finanças não concordou com o acordo de recuperação aprovado pelos credores, e contestou para Tribunal.<br /><br />Não foi necessária a sentença. A morosidade da Justiça acabou com o que restava de esperança (e Justiça!) para a sua recuperação.<br /><br />Vem este texto a propósito da necessária informatização dos sistemas da Administração Tributária.<br /><br />As regras têm de ser iguais para todos, e quando a “mão humana” intervém nestes casos serve somente para introduzir arbitrariedade aos procedimentos.<br /><br />Aliás, creio que a transferência de competências da Autoridade Tributária para a Administração Local em conjugação com a informatização total do sistema fiscal, poderão disponibilizar em conjunto os efetivos necessários à fiscalização das atividades económicas, combatendo a evasão e a fraude fiscal, prato principal da economia portuguesa.<br /><br />À mulher de César não basta ser séria. É preciso parecê-lo.Fred Ribeirohttp://www.blogger.com/profile/11217400643136853770noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-15145305.post-11461625108035952252013-11-11T18:48:00.000+00:002013-11-11T18:48:09.028+00:00Beira Sensual<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0tFkp0lyOB9rmGo5hMvzFuOGwc_Zf0rz1ehB8w3uS0TSK3MyzH42Yy6DBEffr7y-HXUl17dWr2kibjLuG_CauB9aisbzpmnL5ln1Us8CEIuMzrfIZe2lyyf-2wMVTNaiu68U3/s1600/IMG_0363.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0tFkp0lyOB9rmGo5hMvzFuOGwc_Zf0rz1ehB8w3uS0TSK3MyzH42Yy6DBEffr7y-HXUl17dWr2kibjLuG_CauB9aisbzpmnL5ln1Us8CEIuMzrfIZe2lyyf-2wMVTNaiu68U3/s320/IMG_0363.JPG" width="216" /></a></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
<span class="texto" style="font-size: 13px;">Conheci na Beira Interior alguns produtos alimentares que fazem as delícias das papilas gustativas.</span></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
<span class="texto" style="font-size: 13px;">A nossa castanha, o azeite e os queijos serranos são um cartão de visita da nossa região.</span></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
<span class="texto" style="font-size: 13px;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
<span class="texto" style="font-size: 13px;">Quando comparo a apresentação destes produtos com os seus concorrentes internacionais, verifico que não cuidamos da nossa imagem. São muito bons, mas não transmitem sedução ao cliente. E isso conduz-me a uma reflexão maior: valorizamos na nossa identidade as diversas batalhas que por aqui passaram em detrimento das bonitas histórias de amor que aqui se viveram.</span></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
<span class="texto" style="font-size: 13px;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
<span class="texto" style="font-size: 13px;">Estamos no Outono e o nosso chão carrega-se das cores mais bonitas da natureza, usadas em todo o mundo na decoração de interiores. E nós não vendemos esse património. Limitamo-nos a valorizar “outras coisas”, como o património construído que polvilha a nossa região, paredes meias com prédios e marquises descaraterizantes.</span></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
<span class="texto" style="font-size: 13px;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
<span class="texto" style="font-size: 13px;">Um casal enamorado da cidade terá dificuldade em lembrar-se das Casas do Côro ou das Casas da Lapa, para viver dias de amor.</span></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
<span class="texto" style="font-size: 13px;">Mas as regiões serranas de Itália, da Suíça ou mesmo da Irlanda, transmitirão a imagem sedutora que o enamorado casal pretende vivenciar por estes dias.</span></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
<span class="texto" style="font-size: 13px;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
<span class="texto" style="font-size: 13px;">Acredito que este fenómeno esteja associado ao passado desta região, onde o frio inundava as casas, e assumia-se como inimigo dos beirões.</span></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
<span class="texto" style="font-size: 13px;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
<span class="texto" style="font-size: 13px;">E isso marcou-nos na capacidade de sonhar e seduzir.</span></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
<span class="texto" style="font-size: 13px;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
<span class="texto" style="font-size: 13px;">Vivemos tempos loucos. Sabemos agora que o futuro será o que fizermos dele. E se tivermos a utopia de imaginar uma Beira Sensual, correremos o risco de deixarmos aos nossos filhos uma região que todos querem visitar.</span></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
<span class="texto" style="font-size: 13px;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
<span class="texto" style="font-size: 13px;">in O Interior</span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-15145305.post-34108473630207787632013-10-03T23:43:00.000+01:002014-05-06T22:46:48.639+01:00Reino Unido em estado de choque com os resultados eleitorais no Distrito da Guarda<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFxqVOGiKnK5_eSrk3cEQ7OUxnDhwa2S2zOxlPR0FmqMew2_QB8CJgM4cafVoI5HYTNFoeTwWF58D56518DIFu2rHQGRma-AlamNkeeUCuKdmn4RARkUHk9bdQYp9dnBcPY8Gv/s1600/2ec50b_52f4f4ce2f9ac9ffea7307c3b6c0c374.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFxqVOGiKnK5_eSrk3cEQ7OUxnDhwa2S2zOxlPR0FmqMew2_QB8CJgM4cafVoI5HYTNFoeTwWF58D56518DIFu2rHQGRma-AlamNkeeUCuKdmn4RARkUHk9bdQYp9dnBcPY8Gv/s320/2ec50b_52f4f4ce2f9ac9ffea7307c3b6c0c374.jpg" /></a><br />
Passavam poucos minutos das 21:00 horas da noite eleitoral, e já estavam os empresários ingleses a contactar as empresas do distrito, para compreenderem as consequências destes resultados eleitorais no mercado europeu das conservas de fruta.<br /><br />O Reino Unido, principal player europeu deste sector, encontrou nas propostas políticas da região, que foram sufragadas no passado Domingo, estratégias de actuação em rede no sector da transformação alimentar, para o mercado internacional.<br /><br />É facil compreender que as Compotas da Ti’Alzira não façam qualquer sombra à potente indústria inglesa. Mas o mesmo não se poderá dizer de uma acção concertada para o mercado externo entre as 200 unidades empresariais do Distrito.<br /><br /><div>
Se o leitor teve a paciência (ou a boa disposição) para ler este texto até aqui, por certo compreendeu a animação que me assiste.<br /><br />As politicas de um território devem ser definidas pelos eleitos, porque beneficiam de legitimidade democrática, em acordo com os empresários e os centros de saber desse território. Isto é, só faz sentido que as politicas aplicadas a um território sejam uma resposta eficaz ao crescimento sustentável das suas empresas, porque serão estas que terão a capacidade de gerar novos postos de trabalho em resultado do seu sucesso.<br /><br />Na minha perspectiva, é esta REDE que falta às nossas empresas, para poderem ser vencedoras no competitivo mercado externo.<br /><br />E é por falta dessas políticas, que os empresários ingleses do sector da transformação alimentar, não perderam um segundo da sua telenovela para observar as eleições autárquicas em Portugal.<br /><br />A nossa desorganização será a sua apólice de seguro para o seu sossego económico.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFxqVOGiKnK5_eSrk3cEQ7OUxnDhwa2S2zOxlPR0FmqMew2_QB8CJgM4cafVoI5HYTNFoeTwWF58D56518DIFu2rHQGRma-AlamNkeeUCuKdmn4RARkUHk9bdQYp9dnBcPY8Gv/s1600/2ec50b_52f4f4ce2f9ac9ffea7307c3b6c0c374.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"></a></div>
</div>
<!-- Blogger automated replacement: "https://images-blogger-opensocial.googleusercontent.com/gadgets/proxy?url=http%3A%2F%2F3.bp.blogspot.com%2F-dNrB_aIpBvg%2FUnmCeVmK3NI%2FAAAAAAAAybo%2FddJI3XLGPlk%2Fs320%2F2ec50b_52f4f4ce2f9ac9ffea7307c3b6c0c374.jpg&container=blogger&gadget=a&rewriteMime=image%2F*" with "https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFxqVOGiKnK5_eSrk3cEQ7OUxnDhwa2S2zOxlPR0FmqMew2_QB8CJgM4cafVoI5HYTNFoeTwWF58D56518DIFu2rHQGRma-AlamNkeeUCuKdmn4RARkUHk9bdQYp9dnBcPY8Gv/s320/2ec50b_52f4f4ce2f9ac9ffea7307c3b6c0c374.jpg" --><!-- Blogger automated replacement: "https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFxqVOGiKnK5_eSrk3cEQ7OUxnDhwa2S2zOxlPR0FmqMew2_QB8CJgM4cafVoI5HYTNFoeTwWF58D56518DIFu2rHQGRma-AlamNkeeUCuKdmn4RARkUHk9bdQYp9dnBcPY8Gv/s320/2ec50b_52f4f4ce2f9ac9ffea7307c3b6c0c374.jpg" with "https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFxqVOGiKnK5_eSrk3cEQ7OUxnDhwa2S2zOxlPR0FmqMew2_QB8CJgM4cafVoI5HYTNFoeTwWF58D56518DIFu2rHQGRma-AlamNkeeUCuKdmn4RARkUHk9bdQYp9dnBcPY8Gv/s320/2ec50b_52f4f4ce2f9ac9ffea7307c3b6c0c374.jpg" -->Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-15145305.post-53165820741267473992013-02-22T10:28:00.002+00:002013-02-22T11:15:11.345+00:00Quebrar o Gelo!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuX7Li7u4cRzuuh-qtq27ErauXCQ92uoL0KPGq31W5cg07jXwZsJUrKDQbSo_BlwaDbtEMOInzXfCe2Ld_uB2e8o5tbO5l76mYFn8YbWrOlVo-opBgxr3rxe5tc4-kG93wN1Uz/s1600/IMG_4992.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="214" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuX7Li7u4cRzuuh-qtq27ErauXCQ92uoL0KPGq31W5cg07jXwZsJUrKDQbSo_BlwaDbtEMOInzXfCe2Ld_uB2e8o5tbO5l76mYFn8YbWrOlVo-opBgxr3rxe5tc4-kG93wN1Uz/s320/IMG_4992.JPG" width="320" /></a></div>
<div>
<br /></div>
Cheguei a Trancoso em 2005.<br />
Os meus filhos têm parcas memórias do tempo de Lisboa, sua terra natal.<br />
Encantei-me com a qualidade do ar, com as paisagens e com o calor dos humildes.<br />
Um dos meus filhos sofria de problemas respiratórios graves até à data da nossa migração. Nunca mais teve problemas!<br />
<br />
A falta de trabalho da região não me afectou. Continuei a trabalhar para as mesmas empresas. Mas agora à distância.<br />
<br />
Adaptei-me a quase tudo. Menos ao caciquismo.<br />
As pessoas têm medo do lider que elegem. E por sua vez, o lider aproveita-se disso.<br />
<br />
Foi no semanário “O Interior” que encontrei as primeiras vozes contra-corrente. Pessoas que não engavetam as suas opiniões.<br />
E para quem não sabe, a diversidade é mais importante para o desenvolvimento de um território que os fundos estruturais nas mãos erradas.<br />
<br />
Os consensos musculados são os melhores promotores de miséria social.<br />
O tempo da Ditadura está na história para o provar.<br />
<br />
Para mim, O Interior foi um facilitador da minha integração. Foi o quebra-gelo de um território isolado mas sem orgulho.<br />
<br />
Aprender a viver com a diversidade é o desafio para a nossa região. Respeitar quem pensa diferente.<br />
<br />
Felicito O Interior pelo seu 13º aniversário. <br />
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
in O INTERIOR</div>
Unknownnoreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-15145305.post-71888944714672225632013-02-13T10:30:00.000+00:002013-02-20T10:30:46.862+00:00Raia à Vista!<span id="internal-source-marker_0.9465940193565159" style="background-color: transparent; color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline;">António
Plácido Santos, conhecido empresário trancosense, manifestou indignação
na sua página do Facebook com conduta da Associação Raia Histórica,
entidade gestora de fundos comunitários na nossa região.</span><br /><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline;"></span><br /><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline;">Justifica
tal indignação com a insistente impossíbilidade da “Casa da Prisca” em
utilizar os canais financiados por tal organismo para a distribuição dos
seus produtos.</span><br /><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline;"></span><br /><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline;">Informa no mesmo texto que irá dar conta de situações irregulares à Senhora Ministra da Agricultura e à Gestora do Proder.</span><br /><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline;"></span><br /><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline;">Em
comentário a este texto, Júlio Sarmento, Presidente do Conselho de
Administração da Raia Histórica, vem contestar a acusação, lembrando que
aquela instituição tem apoiado diversos projectos da família Plácido
Santos, e que nesta fase de implementação da rede de lojas, não é
suposto integrarem industriais da região.</span><br /><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline;"></span><br /><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline;">José
Amaral da Veiga, profissional liberal e membro da Concelhia do Partido
Socialista, vem apoiar a indignação do empresário, denunciando que tem
tomado conhecimento de diversas denúncias sobre as contratações de
serviços daquela entidade, bem como sobre a utilização abusiva das suas
viaturas.</span><br /><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline;"></span><br /><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline;">Em
resposta, o autarca Júlio Sarmento vem repudiar a atitude “daqueles que
não criam um posto de trabalho” e assume aqui a propriedade de dois
investimentos locais. A saber: o centro de inspecções e o hotel.</span><br /><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline;">Com esta revelação, junta-se ao estimado grupo de políticos lusos com ambição tardia para os negócios.</span><br /><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline;">Aproveita
ainda o seu comentário para sugerir uma candidatura aos fundos europeus
a outro empreendedor insatisfeito, recomendando o contacto directo, em
detrimento dos serviços competentes daquela associação.</span><br /><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline;"></span><br /><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline;">Ciclicamente, a Raia Histórica é alvo de suspeitas sobre os critérios de atribuição dos fundos comunitários.</span><br /><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline;"></span><br /><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline;">Esta
situação é insustentável. Porque coloca em causa os critérios de gestão
do Proder na região e porque atenta ao bom nome dos administradores e
colaboradores da instituição.</span><br /><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline;"></span><br /><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline;">Creio
que estas criticas não podem ficar sem resposta, sob pena de se
considerar como verdade que existem critérios discriminatórios na
utilização dinheiros europeus.</span><br /><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline;"></span><br /><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline;">Citando o filósofo Agostinho da Silva, “</span><span style="background-color: transparent; color: #333333; font-family: 'Times New Roman'; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline;">Os povos serão cultos na medida em que </span><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline;">entre</span><span style="background-color: transparent; color: #333333; font-family: 'Times New Roman'; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline;"> eles crescer o número dos que se negam a aceitar </span><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline;">qualquer</span><span style="background-color: transparent; color: #333333; font-family: 'Times New Roman'; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline;">
benefício dos que podem; dos que se mantêm sempre vigilantes em defesa
dos oprimidos não porque tenham este ou aquele credo político, mas por
isso mesmo, porque são oprimidos e neles se quebram as leis da
Humanidade e da razão; dos que se levantam, sinceros e corajosos, ante
as ordens injustas, não também porque saem de um dos campos em luta, mas
por serem injustas; dos que acima de tudo defendem o direito de pensar e
de ser digno.</span>"<br />
<br />
Crónica de Frederico Lucas para a Rádio AltitudeUnknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-15145305.post-17005170944401064262012-12-09T13:38:00.002+00:002012-12-09T13:38:32.110+00:00B-A-BA da Corrupção por Paulo Morais<center><iframe width="560" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/aiTSJekHbxQ" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></center>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-15145305.post-67521444481885430352012-10-17T10:36:00.002+01:002012-10-17T10:39:00.512+01:00Carta Aberta à Inspecção Geral de Educação e Ciência sobre o caso da criança impedida de se alimentar no refeitório escolar<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFW3-DKJQrdyKxrrFhC9uUjqy8w9EH79DZyvN6_tFnLG9bhNSASNnY9NIv0aNC6Tbustz9zxD8j88lNZ0_buc9vT-glXmTi8EiHzUpXF19s_pyNlUzkIxnURal9mWhx6iJ0DFh/s1600/Why-are-there-so-many-unhappy-children-in-Britain-sudocrem.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="214" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFW3-DKJQrdyKxrrFhC9uUjqy8w9EH79DZyvN6_tFnLG9bhNSASNnY9NIv0aNC6Tbustz9zxD8j88lNZ0_buc9vT-glXmTi8EiHzUpXF19s_pyNlUzkIxnURal9mWhx6iJ0DFh/s320/Why-are-there-so-many-unhappy-children-in-Britain-sudocrem.jpeg" width="320" /></a></div>
<div style="color: #555555; font-family: Georgia, serif; font-size: 14px; line-height: 24px; margin-bottom: 15px;">
<br /></div>
<div style="color: #555555; font-family: Georgia, serif; font-size: 14px; line-height: 24px; margin-bottom: 15px;">
Exmos. Senhores,</div>
<div style="color: #555555; font-family: Georgia, serif; font-size: 14px; line-height: 24px; margin-bottom: 15px;">
Tomei conhecimento através da Comunicação Social de um caso de uma criança que foi impedida de almoçar na EB1 nº 2 de Quarteira (Loulé), alegadamente por instruções da Presidente do Agrupamento de Escolas de Loulé, Dra. Maria da Conceição Borrega Rapoula Morgado Bernardes.</div>
<div style="color: #555555; font-family: Georgia, serif; font-size: 14px; line-height: 24px; margin-bottom: 15px;">
A situação económica do país é bem conhecida e facilmente poderemos justificar que o Ministério da Educação / Autarquias não podem suportar os custos com alimentação de todos os alunos.</div>
<div style="color: #555555; font-family: Georgia, serif; font-size: 14px; line-height: 24px; margin-bottom: 15px;">
Neste capítulo, e segundo a peça informativa, o referido agrupamento terá reportado à CPCJ local o incumprimento dos pais da criança na liquidação atempada das suas refeições, procedimento que aparenta ser correcto e adequado.</div>
<div style="color: #555555; font-family: Georgia, serif; font-size: 14px; line-height: 24px; margin-bottom: 15px;">
O motivo desta Denúncia centra-se no impedimento de acesso da criança à alimentação num momento em que está à guarda de um estabelecimento de ensino, cuja actividade inspectiva pertence a V.Excas..<br />
Ocorre este facto numa das regiões portuguesas com maior taxa de desemprego.</div>
<div style="color: #555555; font-family: Georgia, serif; font-size: 14px; line-height: 24px; margin-bottom: 15px;">
Acresce a este insólito caso o requinte de malvadez de condução da criança a um refeitório onde seria impedida de se alimentar.</div>
<div style="color: #555555; font-family: Georgia, serif; font-size: 14px; line-height: 24px; margin-bottom: 15px;">
O desespero da população com o actual contexto económico não pode justificar todos os actos. Em particular, exige um maior nivel de responsabilidade por parte dos servidores do Estado, algo que neste <span style="font-size: 14px; line-height: 24px;">caso concreto não se terá verificado.</span></div>
<div style="color: #555555; font-family: Georgia, serif; font-size: 14px; line-height: 24px; margin-bottom: 15px;">
Entendo que uma atitude preventiva por parte da Inspecção Geral de Educação e Ciência pode evitar uma escalada de contestação social junto da citada Presidente do Agrupamento e facilitar um modelo de <span style="font-size: 14px; line-height: 24px;">intervenção para casos homólogos por parte das entidades educativas competentes.</span></div>
<div style="color: #555555; font-family: Georgia, serif; font-size: 14px; line-height: 24px; margin-bottom: 15px;">
Agradecido pela atenção dispensada,<br />
Atentamente</div>
<div style="color: #555555; font-family: Georgia, serif; font-size: 14px; line-height: 24px; margin-bottom: 15px;">
<br /></div>
<div style="color: #555555; font-family: Georgia, serif; font-size: 14px; line-height: 24px; margin-bottom: 15px;">
Frederico Lucas<br />
<br />
in <a href="http://re-visto.com/carta-aberta-igec/">re-visto</a></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-15145305.post-6962271064263574732012-09-08T09:50:00.000+01:002012-09-08T09:50:05.880+01:00O Alçapão<br />
A chegada de um novo governo traz renovada esperança aos eleitores.<br />
Beneficia de um crédito de confiança que foi depositado aos novos membros governativos.<br />
<br />
Os recém empossados ministros afinam os rabos às cadeiras e vislumbram com objectividade os erros cometidos e as soluções a implementar.<br />
<br />
Tudo parece simples.<br />
<br />
Aos poucos, aparece uma nova realidade. Sindicatos, empresas, consultores & conselheiros - agentes económicos com acesso aos gabinetes ministeriais - são unânimes nas suas pretensões: Mais Estado!<br />
<br />
A constelação é fácil de explicar. Quem procura no mercado o seu sucesso, não investe o seu tempo no Terreiro do Paço.<br />
<br />
Num instante, o Governo está sitiado pelos sanguessugas dos contribuintes. Nesse instante, o Ministro é o único a defender Portugal, quando aplicável.<br />
<br />
A malta do "reviralho" é acolhida na cultura. A clientela miúda nas municipalidades e os Senadores nas empresas públicas.<br />
<br />
Os outros, que dependem do sucesso comercial para sustentar este Estado, permanecem concentrados nos seus projectos de abandonar Portugal.<br />
<br />
<center><iframe width="420" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/-ahDFcBOQQM" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></center>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-15145305.post-57244605118907242692011-07-20T07:31:00.000+01:002011-07-20T07:31:01.281+01:00Ministra da Justiça diz que terminou a impunidade dos políticos e que o combate à corrupção é uma das prioridades.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9iJxM4V_ZHoE8Tnu4y_oHioRKQ6pCskeB7tYTL3NXC5l2ZuSCjRfASqQN3LMu0RhHMrJeGd-LesySy75w0XyIeSKlPGdfGuLutFGb7nXnr2E0M0skMjri0aXfQTirIjqo8xly/s1600/Paula_Teixeira_da_Cruz_zorate.jpg" imageanchor="1" style="clear:right; float:right; margin-left:1em; margin-bottom:1em"><img border="0" height="137" width="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9iJxM4V_ZHoE8Tnu4y_oHioRKQ6pCskeB7tYTL3NXC5l2ZuSCjRfASqQN3LMu0RhHMrJeGd-LesySy75w0XyIeSKlPGdfGuLutFGb7nXnr2E0M0skMjri0aXfQTirIjqo8xly/s200/Paula_Teixeira_da_Cruz_zorate.jpg" /></a></div>Ministra da Justiça diz que terminou a impunidade dos políticos e que o combate à corrupção é uma das prioridades. Defende que não há um problema com as escutas telefónicas e que o procurador-geral da República tem os poderes de que precisa para exercer o cargo. A criminalização do enriquecimento ilícito é vista como fundamental.<br />
<br />
<b>CM: Como vê o facto de não haver políticos condenados?</b><br />
Há políticos condenados...<br />
<br />
<b>CM: Por corrupção...</b><br />
Mas há políticos condenados, felizmente...<br />
<br />
<b>CM: Mas há sentenças que demoram a transitar...</b><br />
Essa é outra questão. Mas há políticos condenados. Agora, também penso que houve um período de impunidade absoluta que terminou. E nós estamos a assistir ao fim desse período. Não era pensável assistir a julgamentos a que hoje estamos a assistir, porque, de facto, se tinha criado uma cultura de impunidade e assumia-se um estatuto de impunidade. Isso acabou, claramente. Agora, não escondo que há uma questão: o combate ao crime económico é extremamente difícil, e começa desde logo no facto de inexistir uma especialização quer na investigação, quer na própria formação.<br />
<br />
<b>CM: Mas o que adianta investir muito se temos um regime sancionatório e uma prática judiciária em sede de julgamento que não é muito favorável à sanção efectiva? A pena de prisão efectiva, por exemplo...</b><br />
A corrupção é dos crimes mais difíceis de investigar, e daí que também assuma particular relevo a criminalização do enriquecimento ilícito, porque há meios legais de combate à corrupção, há práticas administrativas, e há, a montante disso tudo, uma formação que importa adquirir e que não existe.<br />
<br />
<b>CM: Há um debate nos últimos três anos, inclusive a partir do próprio Ministério da Justiça, que diz haver escutas a mais. Acha que há um problema com as escutas telefónicas na investigação criminal?</b><br />
Com os números que tenho, não me parece que haja um problema com as escutas telefónicas na investigação criminal. É tudo uma questão de fazer a ligação aos tipos de crimes de que estamos a falar, e face aos números que tenho neste momento não me parece que haja. Acho que se generalizou a ideia de que toda a gente é escutada neste país. Ora, isso é, aliás, tecnicamente impossível.<br />
<br />
<b>CM: Mas este debate foi utilizado num quadro de conspiração contra os órgãos de polícia criminal...</b><br />
Eu sei, eu sei. Mas aquilo que me parece...<br />
<br />
<b>CM: ... Como se as escutas não fossem autorizadas por um juiz, controladas por um juiz...</b><br />
Não quer dizer... Nós temos um regime processual, muitas vezes nessa, como noutras matérias, há uma preterição de regras. Não vamos dizer que nunca ocorreu uma preterição de regra, ou que tudo foi validamente feito em todas as circunstâncias.<br />
<br />
<b>CM: Curiosamente, a sensação que existe é que nos últimos anos o sistema é muito mais fiável do que era há alguns anos.</b><br />
Há uma evolução nessa matéria. E há que aprofundar um pouco a figura do juiz das liberdades.<br />
<br />
<b>CM: Esteve muito em voga a ideia de que o grande problema da Justiça é o excessivo poder corporativo das associações sindicais. Também perfilha essa opinião?</b><br />
Não. O sindicalismo judiciário é saudável. Sobretudo com um sistema como o nosso, que tem tantas tentações de funcionalização.<br />
<br />
<b>"NÃO PODEMOS INCORRER EM ALTERAÇÕES PRECIPITADAS"<br />
CM: Em relação à corrupção, admite a possibilidade de agravar as penas no crime económico?</b><br />
Não podemos incorrer em erros e em alterações precipitadas, que venham a tornar o sistema ingerível, como já aconteceu em anteriores e recentes reformas do Código de Processo Penal.<br />
<br />
<b>CM: Ou seja...?</b><br />
Há que avaliar as leis. Nós temos uma má tradição de não avaliar as medidas legislativas. É preciso avaliá-las, o impacto que vão ter, as consequências, a sua utilidade, como é que vão ser executadas, como podem ser executadas.<br />
<br />
<b>CM: É a favor de uma direcção única de polícias, juntando-as debaixo da mesma tutela?</b><br />
Foi uma questão que se falou durante a campanha. Não vejo virtualidades, e nunca foi discutido em termos de Programa do Governo.Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-15145305.post-36773246336543586532011-07-18T07:19:00.006+01:002011-07-19T12:39:14.354+01:00O c(s)enso autárquico<center><br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiysyacf73z3OhtXzXFJyNELATtiUZaua7gnr-JCrdKKVGhGISdTYhootz0NlLwyUP-9FK0PmjUlp0FSuv5qlzj5aTbolRqmi-CLAxJ30A1T-khxEMLakzSqff81PpxoX990syt/s1600/Screen+shot+2011-07-17+at+01.24.34.png" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="342" width="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiysyacf73z3OhtXzXFJyNELATtiUZaua7gnr-JCrdKKVGhGISdTYhootz0NlLwyUP-9FK0PmjUlp0FSuv5qlzj5aTbolRqmi-CLAxJ30A1T-khxEMLakzSqff81PpxoX990syt/s400/Screen+shot+2011-07-17+at+01.24.34.png" /></a></center><br />
<br />
Com o Censos 2011 ficámos a saber que há 39 concelhos que não chegam aos 5000 habitantes e 116 com menos de 10 000. Quase exclusivamente no interior.<br />
<br />
Em 211 dos 308 concelhos há menos população do que há 10 anos, registando-se, em alguns uma diminuição de 20%.<br />
Manda a crise (e a ‘troika’) – mas também o bem público – que se faça uma redução assinalável de municípios e freguesias. As vozes do costume logo se ergueram para contrariar esta inevitabilidade. Passos Coelho, no entanto e bem, mantém o propósito firmado. Com lucidez e coragem, até porque o seu partido pode ser o mais atingido na clientela autárquica.<br />
Acabou o festim de um Parlamento que, todos os anos no último dia de cada sessão legislativa, abonava o "país real" com mais promoções a freguesias, concelhos e cidades. É tempo de encararmos a nova e dura realidade e compatibilizá-la com a racionalidade administrativa, agrupando autarquias para haver maior escala e economia de meios, ainda que preservando o carácter identitário das terras. Assim manda o censo demográfico e o senso autárquico.<br />
<br />
in <a href="http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/opiniao/bagao-felix/o-csenso-autarquico">Correio da Manhã</a>, António Bagão FelixUnknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-15145305.post-22402015679972653752011-06-27T07:42:00.002+01:002012-06-05T21:05:47.862+01:00Tribunal de Contas detecta quase 3 mil milhões de despesa pública irregular<b>Os gastos públicos ilegais quase triplicaram em 2010 face a 2009. Tribunal de Contas recusa vistos a contratos de 131 milhões de euros</b><br />
<br />
A despesa pública irregular detectada pelo Tribunal de Contas disparou 184% em 2010 face ao ano anterior. A entidade presidida por Guilherme d''Oliveira Martins detectou, no âmbito do controlo sucessivo, gastos irregulares superiores a 2845,5 milhões de euros. Este montante é quase o triplo dos 1003,5 milhões identificados em 2009. Em compensação, na fiscalização prévia, o Tribunal de Contas (TC) recusou o visto a 53 actos e contratos, travando a realização de despesa pública irregular no montante de 131,1 milhões de euros.<br />
<br />
No relatório de actividades e contas de 2010, ontem divulgado, o TC revela que a despesa pública irregular decorre de "situações muito diversas, das quais se salientam pelo seu valor mais elevado: violação dos princípios e regras orçamentais da anualidade, da unidade e universalidade, da não compensação, da especificação, da unidade de tesouraria do Estado; e registo de receitas extraordinárias sem terem sido reflectidas nas demonstrações financeiras as correspondentes responsabilidades perante terceiros". <br />
<br />
Já na análise prévia, o TC impediu a realização de "despesa pública em desconformidade com as leis em vigor, sem cabimento orçamental ou ultrapassando os limites legais de endividamento, correspondente a 53 actos e contratos aos quais foi recusado o visto, no montante de 131,1 milhões de euros". Este controlo do tribunal, que corresponde a 1,3% da verba dos processos sujeitos a visto, ficou muito aquém dos processos rejeitados em 2009, ano em que foram impedidos gastos públicos irregulares de quase 3,5 mil milhões de euros. Para Guilherme d''Oliveira Martins, "esta acção do tribunal tem um efeito dissuasor de se cometerem semelhantes ilegalidades em futuros actos e contratos". <br />
<br />
O TC revela ainda que na conclusão de 27 auditorias de fiscalização detectou despesa irregular no montante de cerca de 45 milhões de euros, tendo recomendado a correcção das irregularidades detectadas.<br />
<br />
A lista de motivos que estiveram na origem da recusa de visto é extensa, mas sobressai a "adopção de concurso público urgente para contratação de empreitadas de obras públicas sem que se mostre fundamentada a respectiva urgência e/ou com fixação de prazo para apresentação da proposta inadequado e desproporcional que não garante o respeito pelo princípio da concorrência e transparência". O TC identifica ainda a violação das regras legais aplicáveis no recurso ao crédito, assunção de encargos sem cabimento e de despesas não permitidas por lei e modificação das condições de realização das prestações contratuais.<br />
<br />
in <a href="http://www.ionline.pt/conteudo/131694-tribunal-contas-detecta-quase-3-mil-milhoes-despesa-publica-irregular">i online</a>, Sandra Almeida SimõesUnknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-15145305.post-7633384981018008682011-06-20T07:45:00.002+01:002013-02-22T10:34:25.270+00:00“Não percebi a sua pergunta!”<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
Foi assim que o Primeiro Ministro demissionário respondeu à jornalista sobre a responsabilização judicial relativa a eventuais actos ilícitos a que está associado.<br />
<br />
José Sócrates sai de cena: Deixa um país falido e o interior sem projecto.<br />
<br />
É a derrota da despesa inconsequente. Fizemos estradas, rotundas, piscinas e multiusos sem pensar na forma de os pagar.<br />
<br />
Mas esta crise que estamos a viver em Portugal, o único país que não crescerá em 2012, não é financeira. É uma crise de ética.<br />
O favor e o jeitinho passaram a ocupar o lugar do rigor e da legalidade.<br />
<br />
E quando assim acontece, o desemprego e a miséria batem à porta.<br />
<br />
A responsabilidade da actual situação económica não se esgota no Engº José Sócrates. Todos somos co-responsaveis pelo crescente desbaratamento dos recursos públicos.<br />
Acreditámos que o dinheiro do Estado não teria fim, e com isso, duplicámos a dívida pública nos últimos 6 anos.<br />
<br />
Hoje sabemos que o Estado vai despedir funcionários para poder pagar as PPPs de tudo e mais alguma coisa que contratou nos últimos anos.<br />
<br />
Também sabemos que acabou o ciclo da indústria da mão de obra intensiva. Temos na Rohde e na Delphi os exemplos mais recentes.<br />
<br />
Acreditámos no milagre do Turismo. Investimos o que não tinhamos e perdemos.<br />
Em territórios de “turismo de autenticidade”, como é o caso da nossa região, o turismo não excede por regra os 20% da actividade económica. Faltam-nos os outros 80%.<br />
<br />
Precisamos de empresas e não temos tempo a perder.<br />
<br />
Cada um de nós deve avaliar a capacidade de criar uma empresa. Não temos dinheiro para investir nem precisamos.<br />
Temos o conhecimento, o saber fazer.<br />
<br />
Sozinhos ou em grupo, teremos de encontrar produtos ou serviços que tenham procura fora da nossa região.<br />
<br />
Fingir que não compreendemos o actual momento económico, é agravar a crise que sabemos por certa.<br />
<br />
<br />
in O Interior, Frederico LucasUnknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-15145305.post-595636777958887462011-06-20T07:17:00.000+01:002011-06-20T07:17:00.936+01:00A piranha autárquicaHá um drama no memorando assinado com o FMI e a UE.<br />
O poder autárquico vai ser atirado às piranhas mas ninguém vai querer meter a mão no assunto para não ficar sem ela. Ninguém duvida que este é um país onde concelhos e freguesias nasceram com a generosidade viçosa dos cogumelos. Serviram para tudo, sobretudo para criar clientelas musculadas e bajuladoras. Os novos regedores valem votos e gerem interesses para os quais os líderes partidários olham envergonhados mas que, no momento da verdade, não renegam. Não admira que, tal como a justiça, deva ser um alvo de reforma. Há um problema. Reformar as autarquias não trará uma digestão fácil a quem tiver de a fazer. Causará, muito provavelmente, alguma congestão política. Reformar as autarquias é decisivo. Mas requer uma gestão prudente, num país que se inclinou demasiado para o litoral. <br />
<br />
Por isso não pode ser feita por pura lógica matemática ou por excelso interesse partidário. São os abusos que estão em causa, não os princípios. A menos que a ideia do FMI e da UE seja desertificar Portugal e transformá-lo numa grande Lisboa com zonas adjacentes para as praias e o golfe. Reformar a teia autárquica requer criar verdadeiros pólos no interior que não sejam apenas centros de emprego mas verdadeiros íman para o repovoamento agrícola e social, que será fundamental num novo Portugal. A reforma autárquica não pode ser uma acção de contabilidade e de engenharia financeira supervisionada pelo FMI e pelos burocratas que em Bruxelas destruíram, com a ajuda amiga da ASAE, metade dos restaurantes populares do interior. Terá de ser conciliada com a visão de D. Sancho I, o Povoador.<br />
<br />
in <a href="http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=490561">Negócios</a>, Fernando SobralUnknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-15145305.post-32119976365909251132011-06-17T08:09:00.001+01:002011-06-17T08:09:00.409+01:00Discurso do Presidente da República na Sessão Solene das Comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas<center><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGo3QnEsfc0hopwcwm7QKBaXBGC0KnsTPqVllcAEfUtK4FA56IedeQHA1KXqyOhIJsameuMz51mz4brQGeTbsHSfLW-xIrngkLY3KuxF8gOscJPVjg4JuhyphenhyphenKkTtjs2dd14EoEI/s1600/Cavaco_Silva.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="216" width="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGo3QnEsfc0hopwcwm7QKBaXBGC0KnsTPqVllcAEfUtK4FA56IedeQHA1KXqyOhIJsameuMz51mz4brQGeTbsHSfLW-xIrngkLY3KuxF8gOscJPVjg4JuhyphenhyphenKkTtjs2dd14EoEI/s400/Cavaco_Silva.jpg" /></a></center><br />
<br />
Castelo Branco, 10 de Junho de 2011<br />
Celebramos hoje o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.<br />
<br />
Desde que assumi funções como Presidente da República, é a primeira vez que estas celebrações se realizam numa capital de distrito do interior do País.<br />
<br />
A escolha de Castelo Branco como cidade anfitriã destas comemorações traduz uma opção amadurecida e ponderada.<br />
<br />
Ao longo do meu mandato, tenho procurado chamar a atenção dos Portugueses e dos decisores políticos para os grandes problemas nacionais, em torno dos quais deve existir um amplo consenso.<br />
<br />
Para lá daquilo que nos pode dividir enquanto cidadãos livres de uma República livre, existem questões de fundo que, pela sua especial incidência no nosso futuro colectivo, devem merecer uma reflexão conjunta, feita sem preconceitos ideológicos, políticos, partidários ou de outra natureza.<br />
<br />
Portugal é mais do que a vida dos partidos ou o ruído dos noticiários.<br />
<br />
Considero que uma das principais funções do Presidente da República consiste, precisamente, em ver mais além do que a política do dia-a-dia.<br />
<br />
O Presidente da República tem de escutar o povo e ser o provedor dos seus anseios e das suas inquietações.<br />
<br />
O Presidente deve procurar colocar na agenda do debate nacional temas de grande relevo que, por vezes, são esquecidos ou menosprezados. Deve apontar linhas de rumo e caminhos de futuro que contribuam para a qualidade das políticas públicas e que devolvam aos Portugueses a esperança na construção, em comum, de um tempo melhor.<br />
<br />
Em todas as celebrações do Dia de Portugal a que venho presidindo, tenho procurado destacar os problemas que enfrentamos, mas também as imensas potencialidades de que o País dispõe e que, com frequência, passam despercebidas ao olhar dos nossos agentes políticos e económicos e da comunicação social.<br />
<br />
<br />
Portugueses,<br />
<br />
Ao escolher Castelo Branco para palco destas celebrações do dia 10 de Junho, pretendo trazer o interior do País para o centro da agenda nacional, alertando para a questão das desigualdades territoriais do desenvolvimento e para os problemas da interioridade, do envelhecimento e do despovoamento de uma vasta parcela do nosso território.<br />
<br />
Trata-se, como é sabido, de uma tendência estrutural, que não nasceu, sequer, nas últimas décadas.<br />
<br />
As adversidades da Natureza, a que historicamente se associou o menosprezo dos poderes públicos pela realidade do interior, obrigaram gerações inteiras a deixar as suas terras, umas vezes rumo ao estrangeiro, outras concentrando-se nas grandes cidades do litoral, que cresceram de forma desmesurada e, mais ainda, desordenada.<br />
<br />
Associados ao despovoamento, surgem não apenas problemas relacionados com o envelhecimento e com os fluxos migratórios, mas também problemas sociais e económicos, como a fragilização dos laços familiares, o desemprego e a delapidação da riqueza criada com muito trabalho e com muitos sacrifícios.<br />
<br />
Portugal foi-se tornando um país desequilibrado, um território a duas velocidades do ponto de vista da distribuição da sua população, mas também no que toca à valorização dos seus activos e ao aproveitamento integral dos seus recursos.<br />
<br />
O interior, que contém grandes potencialidades, nomeadamente na agricultura e no turismo, deixou de as aproveitar por uma razão muito simples: perdeu capital humano para o fazer.<br />
<br />
As matas e os pinhais abandonados, que todos os anos servem de pasto aos incêndios estivais, são uma das provas mais visíveis desta realidade.<br />
<br />
A instauração do regime democrático e a consolidação do poder autárquico deram um contributo essencial para limitar os efeitos mais negativos deste estado de coisas.<br />
<br />
A adesão às Comunidades Europeias e uma gestão activa dos fundos comunitários permitiram corrigir alguns desequilíbrios, garantir acessibilidades e dotar o interior de infra-estruturas fundamentais.<br />
<br />
No entanto, o fenómeno do despovoamento continua a agravar-se. As migrações internas da população fazem-se, agora, não apenas com destino às cidades do litoral, mas também rumo a cidades do próprio interior, que ganharam volume e dimensão.<br />
<br />
Em muitas aldeias, permanecem apenas os mais idosos, tantas vezes deixados à solidão e ao esquecimento.<br />
<br />
Muitos campos foram abandonados, perderam-se tradições e artes antigas, modos artesanais e autênticos de fazer as coisas, saberes e sabores do passado.<br />
<br />
Em terras outrora povoadas de gente de todas as idades, não nascem crianças há vários anos.<br />
<br />
Os que ficam, os que se mantêm ligados às suas origens, os que resistem à austeridade da terra, nem sempre dispõem das mesmas oportunidades dos que decidiram partir, não têm o mesmo acesso aos serviços públicos de saúde e de ensino, não possuem possibilidades de emprego idênticas às daqueles que optaram por outras paragens.<br />
<br />
As assimetrias regionais são também assimetrias sociais, naquilo que implicam de desigualdade de oportunidades entre os cidadãos do nosso país.<br />
<br />
Numa República que se proclama social e inclusiva, não podemos aceitar que os cidadãos sofram a desigualdade e a exclusão apenas porque vivem em lugares distintos do território.<br />
<br />
A justiça social é, também, justiça territorial.<br />
<br />
E, se o sentido de justiça e solidariedade não bastasse, seria importante lembrar que o desenvolvimento económico de qualquer país depende da preservação de padrões elementares de equidade. Ou seja, da promoção destes princípios de equilíbrio social e territorial depende a qualidade de vida dos habitantes do interior, mas dela também dependem as próprias perspectivas de bem-estar e de crescimento de Portugal no seu todo.<br />
<br />
O êxodo do interior constitui um fenómeno legítimo e natural. É compreensível que os cidadãos busquem para si e para os seus filhos melhores condições de vida e, num país livre, ninguém pode ser forçado a viver onde quer que seja.<br />
<br />
Trata-se, como referi, de um fenómeno estrutural, que não é de hoje, e que assumiu proporções difíceis de inverter. Será utópico supor que, por mero voluntarismo dos poderes públicos, conseguiremos um regresso em massa das populações ao interior do País. Temos de ser realistas, pois as ilusões pagam-se caro.<br />
<br />
Com realismo, devemos ainda assim perceber que o progressivo despovoamento do interior, além de criar situações de injustiça, faz-nos perder potencialidades e activos que, sobretudo na actual situação do País, não podemos desperdiçar.<br />
<br />
Redescobrir o valor do interior e do espaço rural é um imperativo de portugalidade, que devemos sublinhar neste dia, um dia de coesão e de unidade.<br />
<br />
Hoje, 10 de Junho, não somos de facções nem de grupos. Neste dia, temos uma única característica, sermos Portugueses. Este é o dia de uma só pertença, a nossa, que é Portugal.<br />
<br />
Devemos ter presente que o interior do País faz parte da nossa identidade colectiva enquanto nação soberana com uma História de muitos séculos.<br />
<br />
<br />
Portugueses,<br />
<br />
O despovoamento do interior configura-se, nos nossos dias, como um dos grandes problemas nacionais. Se percorrermos as páginas do fascinante livro «Portugal. O Sabor da Terra», escrito pelo historiador José Mattoso e pela geógrafa Suzanne Daveau, verificaremos que são amargas as expressões usadas para caracterizar a Beira interior. Falam de uma terra «adormecida», que se caracteriza pelo «isolamento».<br />
<br />
São palavras duras, talvez excessivamente severas. Podemos reconhecer que a fisionomia geográfica desta região se mostra algo adversa para a fixação das populações e para o seu desenvolvimento.<br />
<br />
Mas a presença humana, aqui, é um sinal de tenacidade e de força, qualidades que nem sempre foram devidamente acarinhadas pelos poderes públicos.<br />
<br />
Está na hora de mudar de atitude, de desenvolver uma estratégia clara de revalorização do interior do País, incentivando e apoiando o espírito indomável daqueles que aqui vivem e trabalham.<br />
<br />
Devemos, todavia, evitar dois caminhos.<br />
<br />
Um, o mais tentador, consistiria em procurar replicar o litoral do país. Essa não é a opção correcta: o interior dispõe de uma identidade própria e é ela que lhe confere o seu carácter distintivo e original.<br />
<br />
Assim, mais do que tentar ser uma réplica do litoral, o interior deve orgulhar-se dessa identidade, descobrir a sua vocação específica, aquela que resulta da interacção harmoniosa do Homem com o meio envolvente.<br />
<br />
A geografia não se muda, valoriza-se. A interioridade impõe-se como uma condição de algum modo inapelável, em que os moradores destas terras devem aprender a viver e têm de saber desfrutar como marca diferenciadora do lugar que habitam.<br />
<br />
Outra opção errada, e para mais irrealista, consistiria em julgar que é possível regressarmos a um passado que já passou.<br />
<br />
Devemos preservar tradições e manter os vestígios da memória, salvaguardar o património material e imaterial que nos legaram. Mas é utópico pensar que o desenvolvimento de uma região e o bem-estar das suas populações podem assentar na nostalgia de um tempo que não irá retornar.<br />
<br />
No interior, impõe-se tirar partido das potencialidades e das riquezas que só aqui existem.<br />
<br />
O papel prioritário na valorização destes activos cabe às autarquias, às empresas e aos empreendedores locais. São eles, melhor do que ninguém, que conhecem os recursos existentes, as vantagens relativas de que dispõem e a realidade económica e social que os rodeia.<br />
<br />
Esta responsabilidade dos agentes locais é particularmente acentuada na actual conjuntura, face ao aumento do desemprego e dos riscos de pobreza e de exclusão social.<br />
<br />
As autarquias, consolidada que está a fase de construção de equipamentos e de infra-estruturas, são agora chamadas a desempenhar funções de valorização económica das suas regiões e dos seus recursos.<br />
<br />
Os poderes autárquicos possuem, para mais, uma natural proximidade aos problemas e às necessidades reais das populações. A política de proximidade é a melhor chave para vencer o distanciamento da interioridade.<br />
<br />
Os autarcas do interior, que saúdo nesta ocasião solene, são pois chamados a desempenhar um papel insubstituível.<br />
<br />
Congratulo-me por saber que, na sua esmagadora maioria, os autarcas assumiram já que é no incentivo ao desenvolvimento económico sustentado e no apoio social aos mais carenciados que se deve situar, agora, a prioridade dos seus esforços.<br />
<br />
O desafio do fortalecimento da capacidade produtiva do interior não é tarefa fácil.<br />
<br />
Justifica-se um incentivo especial das políticas públicas a favor das empresas que aqui se fixam e criam riqueza.<br />
<br />
Às autarquias cabe um papel fundamental no apoio às pequenas e médias empresas competitivas e no fomento das iniciativas inovadoras e do espírito empreendedor a nível local.<br />
<br />
Há que dar uma especial atenção ao mundo rural. Ninguém pense que Portugal pode ser um país auto-suficiente do ponto de vista agro-alimentar. Aliás, nunca o foi ao longo da sua História.<br />
<br />
No seio da União Europeia e no quadro de uma economia global, a ideia de auto-suficiência alimentar cria o risco de perdermos de vista o essencial: especializarmo-nos na produção de bens com valor de exportação, ou seja, de produtos que, pela sua especificidade, possam concorrer em mercados competitivos, em que os consumidores são de uma grande exigência no que se refere à qualidade e à diversidade da oferta.<br />
<br />
Temos, pois, que produzir mais e melhor, mas sobretudo que produzir diferente, tirando partido das condições favoráveis do nosso clima.<br />
<br />
Devemos apostar naquilo que nos diferencia face à produção dos nossos parceiros.<br />
<br />
Portugal importa hoje cerca de 6 mil milhões de euros de bens agrícolas para consumo, sendo que as nossas exportações chegam apenas aos 3 mil milhões de euros.<br />
<br />
Um défice alimentar destas dimensões não tem razão de ser num país como o nosso. Esta situação não pode continuar. Temos de desenvolver um programa de repovoamento agrário do interior, criando oportunidades de sucesso para jovens agricultores.<br />
<br />
No contexto de uma economia rural integrada, a floresta desempenha um papel essencial como fonte de desenvolvimento local. Dispomos, neste domínio, de enormes potencialidades, que devemos saber explorar melhor, de forma mais sistemática e ordenada através de uma gestão sustentável dos recursos florestais.<br />
<br />
<br />
Portugueses,<br />
<br />
O interior encontra-se ligado ao resto do país por um conjunto de acessibilidades que, de um modo geral, é suficiente. As noções de periferia e de distância têm vindo a perder sentido num território que possui uma dimensão relativamente reduzida, com menos de duzentos quilómetros a separar o litoral do interior.<br />
<br />
É possível fazer das cidades do interior de média dimensão pólos de desenvolvimento regional. Para o efeito, as cidades médias terão de actuar em rede, fazer trabalho em comum, ao invés de se fecharem sobre si próprias e cultivarem rivalidades ancestrais.<br />
<br />
A interacção das cidades médias, que deve contar com a cooperação do poder central, terá de orientar-se num movimento de duplo sentido.<br />
<br />
Na vertical, explorando o eixo que corre ao longo da fronteira e que beneficia da sua proximidade com o país vizinho. Sendo que, numa perspectiva horizontal, as cidades médias podem facilmente projectar-se no litoral e aí colocar a sua oferta, seja para o mercado interno, seja rumo às exportações.<br />
<br />
Importa, no entanto, não repetir erros cometidos noutras parcelas do País. O interior tem de ser um espaço em que a tradição, a Natureza e a presença humana convivam de forma harmoniosa e equilibrada.<br />
<br />
Deste modo, as cidades médias podem afirmar-se como espaços de qualidade de vida, dotados de infra-estruturas e com uma proximidade ao meio natural que não existe noutras zonas do território.<br />
<br />
A par disso, há que fomentar a criação de redes de apoio ao turismo de qualidade, merecendo realce iniciativas como as Aldeias Históricas e as Aldeias do Xisto.<br />
<br />
A promoção das condições naturais, do património histórico-cultural, da gastronomia ou dos produtos tradicionais constituem elementos-chave para dinamizar novas formas de turismo, que procuram, em cada região, aquilo que esta tem de específico para oferecer.<br />
<br />
O facto de o interior do País não ter sido afectado pela vaga do turismo de massas e pela urbanização desordenada constitui um activo que autarcas e empresários têm de saber aproveitar.<br />
<br />
A principal potencialidade do interior está, no entanto, no espírito que caracteriza as suas populações, as gentes desta terra. A garra indomável e a força de vontade dos Portugueses do interior devem servir de exemplo inspirador para todos nós. A sua frugalidade e o seu espírito de sacrifício são modelos que devemos seguir num tempo em que a fibra e a determinação dos Portugueses estão a ser postas à prova. Não podemos falhar. Os custos seriam incalculáveis. Assumimos compromissos perante o exterior e honramo-nos de não faltar à palavra dada.<br />
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É dessa fibra que é feito o nosso orgulho.<br />
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Não nos deixámos vencer pela geografia. Pelo contrário, soubemos usá-la em nosso proveito, transformando aquilo que à partida era uma desvantagem – o facto de estarmos num extremo da Europa – numa vantagem que nos abriu as portas do Atlântico. Numa página admirável, Mestre Orlando Ribeiro escreveu:<br />
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«Na posição do território está contido um destino: isolado na periferia do mundo antigo, numa nesga de chão em grande parte bravio e ingrato, coube ao Português o papel de pioneiro do mundo moderno. Não se limitou porém a indicar um caminho: afoitando-se por ele, deixou marcas da sua presença inscritas na terra de quatro continentes».<br />
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Assim termina Orlando Ribeiro o seu livro «Portugal, o Mediterrâneo e o Atlântico». Soubemos, na verdade, tornar a periferia num caminho de futuro.<br />
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Aqui, em Castelo Branco, poderemos buscar no exemplo dos Portugueses do interior a inspiração de que precisamos para, uma vez mais, fazer das fraquezas forças e transformar as adversidades em oportunidades.<br />
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Entre a aridez das pedras e a verdura dos pinhais, o interior do País pode ser uma metáfora de Portugal inteiro.<br />
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É Portugal inteiro que tem de se erguer nesta hora decisiva. Um tempo de sacrifícios, de grandes responsabilidades.<br />
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Não podemos falhar.<br />
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É nestas alturas que se vê a alma de um povo.<br />
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Obrigado.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-15145305.post-55942624569268511202011-06-16T09:19:00.000+01:002011-06-16T09:19:52.393+01:00Governador Civil da Guarda fez apelo a personalidades para travar o despovoamento da região<center><object width="480" height="360"><param name="movie" value="http://sic.sapo.pt/online/flash/playerSIC2009.swf?urlvideo=http://videos.sapo.pt/n5zZgsEOZ9UhNu0hPuiC/mov/1&Link=http://sic.sapo.pt/online/video/informacao/noticias-pais/2011/1/governador-civil-da-guarda-fez-apelo-a-personalidades-para-travar-o-despovoamento-da-regiao31-01-201.htm&ztag=/sicembed/info/&hash={FF3C1208-4291-4FCC-8A32-9B9AB0E99B57}&embed=true&autoplay=false"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><embed src="http://sic.sapo.pt/online/flash/playerSIC2009.swf?urlvideo=http://videos.sapo.pt/n5zZgsEOZ9UhNu0hPuiC/mov/1&Link=http://sic.sapo.pt/online/video/informacao/noticias-pais/2011/1/governador-civil-da-guarda-fez-apelo-a-personalidades-para-travar-o-despovoamento-da-regiao31-01-201.htm&ztag=/sicembed/info/&hash={FF3C1208-4291-4FCC-8A32-9B9AB0E99B57}&embed=true&autoplay=false" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true" width="480" height="360"></embed></object></center>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-15145305.post-76978877355922284912011-06-12T12:51:00.000+01:002011-06-12T12:51:16.361+01:00Per7ume, ontem em Pinhel<center><iframe width="425" height="349" src="http://www.youtube.com/embed/nzv9R5kFnLk" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></center>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-15145305.post-61908932203732590772011-06-07T09:41:00.001+01:002011-06-07T09:55:14.818+01:00Período de reflexão<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjp2tOigcr-qWlFftpNZC98u32cL38sHgPqFIi5huQ7291I39coD9re-wH42mrl9F-xj7cbIoU-7Fr5eDUaLAhu4u3inj_X08nfF7R2-TI5vbvg4Vv2sZRxZZ7KUdG2Z4UFefMV/s1600/rui-tavares.bmp" imageanchor="1" style="clear:right; float:right; margin-left:1em; margin-bottom:1em"><img border="0" height="200" width="137" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjp2tOigcr-qWlFftpNZC98u32cL38sHgPqFIi5huQ7291I39coD9re-wH42mrl9F-xj7cbIoU-7Fr5eDUaLAhu4u3inj_X08nfF7R2-TI5vbvg4Vv2sZRxZZ7KUdG2Z4UFefMV/s200/rui-tavares.bmp" /></a></div>Não tenho ilusões. Ontem acabou de se confirmar uma viragem histórica em Portugal, e eu estou do lado perdedor.<br />
O país chegou a estas eleições exangue e entregue às mãos impiedosas da troika. Simbolicamente, bateu já no fundo, ou pensa que bateu — a julgar pelo exemplo da Grécia e da Irlanda, este fundo não tem fundo. Socialmente, aproximam-se tempos duríssimos; politicamente, a descrença vai ser amplificada pelos sucessivos falhanços em chegar às metas do memorando; culturalmente, no sentido mais profundo, Portugal vai esvairse. Esvair-se em crença num futuro desenvolvido, europeu e próspero. E esvair-se em gente que ainda tenha sonhos.<br />
Desculpem, quem está do lado perdedor deveria começar por falar dos vencedores.<br />
O PSD e o CDS ganharam legitimamente, sob a bancarrota em ameaça no campo financeiro, e sobre a bancarrota da esquerda portuguesa — já lá iremos. Mas o PSD e o CDS têm nas mãos um bem precioso, poder para governar, e não tenham dúvidas de que saberão usá-lo. A direita portuguesa sabe sempre convergir para governar; e, com a exceção de Santana Lopes, sabe sempre governar para ficar no governo.<br />
Costuma dizer-se que nunca se deve desperdiçar uma boa crise. Todo o político que é político sabe, nos seus ossos, que assim é. Pedro Passos Coelho e Paulo Portas são políticos — praticamente nunca foram outra coisa. Não desperdiçarão esta crise. Usa-la-ão para cumprir com o seu programa político até ao fim. Jogarão sempre as culpas de todas as dificuldades no passado, e isso bastará nos primeiros anos. E quando chegar o fim do mandato usarão a folga que entretanto houver para ganhar novas eleições. Essas eleições só as perderão se forem inábeis.<br />
Teremos governo de direita, com um programa que fará o cavaquismo parecer um oásis social, e para durar oito anos.<br />
Nada pode escamotear a dimensão desta derrota para a esquerda portuguesa. Após anos em que teve uma sólida maioria sociológica no país, e após uma crise do capitalismo que lhe deu, temporariamente, uma hegemonia no discurso, com uma esquerda radical que tinha a maior proporção de votos da Europa, deixamos (eu incluo-me neste “nós”) o país nas mãos do FMI, do PSD mais neoliberal de sempre, e do CDS de Paulo Portas com o dobro dos votos do BE e do PCP. Não há ninguém de esquerda que possa olhar para este panorama e ficar satisfeito.<br />
O discurso de “estivemos onde tínhamos de estar” e “estaremos onde tivermos de estar” é absolutamente inadequado para uma ocasião destas. Onde está a reflexão que permite saber onde se situa esse “onde”?<br />
Nós à esquerda temos uma análise impecável desta crise. Impecável até demais. Sabemos onde falhou o sistema financeiro. Sabemos onde falhou o neoliberalismo. Sabemos onde falhou o centro-direita, e o centroesquerda, e a social-democracia. Sabemos tudo, é fantástico. Só não sabemos responder a esta pergunta: onde falhámos nós?<br />
Sim, porque nós havemos de ter falhado em qualquer coisa. Se não tivéssemos falhado, não teríamos a troika a tomar conta da casa. Se não tivéssemos falhado, não teríamos, dois anos depois de os bancos terem estourado com o sistema financeiro, o discurso hegemónico a estourar com o estado social em favor da mítica austeridade.<br />
A esquerda não será séria se achar que fez tudo bem e que, para o futuro, só há que continuar a fazer o mesmo.<br />
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in Público, <a href="http://twitter.com/ruitavares">Rui Tavares</a>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-15145305.post-58815820371192937962011-06-03T12:50:00.000+01:002011-06-03T12:50:31.802+01:00Setembro 1995Poucos recordarão esta data.<br />
Estava na rua uma campanha eleitoral. O PSD era dirigido por Fernando Nogueira e o PS por António Guterres.<br />
Cavaco Silva tinha deixado a liderança do PSD, pelo seu próprio pé.<br />
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Fernando Nogueira não arrastava multidões. E os seus camaradas controlavam o Estado.<br />
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Os portugueses estavam cansados da manipulação do PSD sobre a "coisa pública".<br />
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Guterres ganhou as eleições debaixo de um banho de multidão.<br />
Descentralizou competências e deu autonomia às autarquias.<br />
Mas vacilou a enfrentar as corporações, que NUNCA se ocuparam da defesa do Estado: Banca; Empreiteiros; Farmácias; Sindicatos.<br />
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O termo "boys" entrou no léxico e na cultura. Narciso Miranda reclamou publicamente mais direitos para esses parasitas partidários.<br />
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O PS demorou demasiado tempo a reconhecer o valor de Narciso e das suas ideias para o país. E tal aconteceu de forma trágica: O falecimento de Sousa Franco, envolvido no caciquismo de Narciso.<br />
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Desde Outubro de 1995 que o país é governado pelo PS, excluindo o período 2002 a 2005 em que António Guterres saiu pelo seu pé do Governo.<br />
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Nesse período, o PSD prestou um péssimo serviço ao país: Durão Barroso abandona as funções que lhe foram confiadas pelos portugueses e confirmadas pelo Presidente da Républica.<br />
O Estado Maior do PSD aproveita o momento para passar uma rasteira a Pedro Santana Lopes, com a despesa a ser paga pelos contribuintes.<br />
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Os portugueses não mereciam esta desconsideração do PSD. Santana Lopes não teve maturidade política para se retirar.<br />
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Caímos no "Pântano" e Sócrates traz um projecto para Portugal.<br />
Os portugueses deram-lhe maioria absoluta.<br />
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A par de uma estratégia de exportação para as empresas portuguesas, Sócrates cede à tentação da IMAGEM.<br />
Num país pequeno e com uma elevada participação do Estado na economia, torna-se fácil a manipulação dos media.<br />
A Ética não esteve presente. Nem a determinação que faltou a Guterres para as reformas estruturais: Função Pública; Segurança Social; Justiça; Poder Local; etc, etc.<br />
Entrámos por isto na 3ª via: Endividamento.<br />
Incapazes de fazer as necessárias reformas, o Governo entregou a meia dúzia de empresas alguns contratos capazes de trazer muito dinheiro para a nossa economia, e gerar dezenas de milhares de postos de trabalho para serventes nas obras públicas.<br />
Meia dúzia de empresas.<br />
Mas este dinheiro não é fruto da nossa produção. Nós vamos pagá-lo da pior maneira possível.<br />
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Sócrates desperdiçou a maioria absoluta e recebeu de presente um convite à sua saida da governação.<br />
Não o aceitou e no próximo Domingo saberemos se tem ou não razão.<br />
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Enquanto cidadão, espero que o nosso país traga mais justiça social, e mais respeito pelos contribuintes.<br />
O Estado não pode continuar a gastar como se não existesse o amanhã. Não pode manter funcionários que desistiram de defender o interesse público e de desenvolver as funções que lhes estavam confiadas. Não pode impedir que os nossos jovens substituam a "velha guarda" na Função Pública. Não pode fazer obra que não gera rendimento para a população. Não pode manter Direitos a farmácias, bancos e trabalhadores como até aqui.<br />
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É tempo de mudar. É preciso mudar.<br />
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Acredito que Junho 2011 vai marcar uma nova página na história de Portugal.Unknownnoreply@blogger.com0