As antigas instalações da fábrica de calçado Rohde, recém-adquiridas por um empresário local, já têm um destino. Os pavilhões e o parque de estacionamento vão acolher, entre 16 e 18 deste mês, a Feira das Tradições e Actividades Económicas. O certame é promovido pelo Município, que, com esta mudança, também quer divulgar o espaço.
"É o nosso contributo para dar a conhecer estas instalações e atrair futuros empresários", adianta o presidente da Câmara. António Ruas revela que António José Baraças disponibilizou o espaço a "custo zero" e com o objectivo de garantir "melhores condições" aos 110 expositores que participam na edição deste ano.
As instalações da Rohde, com 30 mil metros de área descoberta e 850 metros quadrados de área coberta, foram adquiridas pela empresa de construção civil António José Baraças e Irmãos por mais de três milhões de euros. O complexo estava à venda desde Março do ano passado por um valor nunca divulgado pela multinacional alemã, que encerrou a fábrica no mês seguinte, deixando no desemprego 372 funcionários.
De acordo com o empresário, o grupo tenciona alugar espaços a potenciais investidores na 'cidade-falcão' "Queremos evitar que Pinhel fique cada vez mais pobre e sem gente, como está a acontecer desde que a Rohde encerrou", sublinha. O desafio está agora em atrair investimentos para a cidade, uma tarefa que a autarquia também está disposta a assumir. "Com este espaço, podemos afirmar que há em Pinhel melhores condições para instalar empresas e fazer investimentos. O que importa é rentabilizar as áreas disponíveis de forma a criar postos de trabalho", considera António Ruas.
O terreno em causa custou à Câmara de Pinhel mais de 500 mil euros, em 1990, mas foi vendido, devidamente infra-estruturado, à Rohde por 25 cêntimos o metro quadrado, isto é, por 30 a 40 mil euros. Em troca, a multinacional acordou permanecer no município durante 15 anos, findo este prazo as instalações reverteram para o seu património e a fábrica encerrou.
in DN
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