CERTOS dias olho para Portugal como quem olha para um doente terminal. Com simpatia, pena, solidariedade inútil e a certeza de que não podemos fazer nada. As notícias abrem mais um rasgão na cortina do optimismo com que pretendem, e pretendemos, convencer-nos de que o país «está a mudar» e que não morrerá inexoravelmente à medida que o mundo à sua volta vai mudando.
(...)Um país doente mata os que nele se abrigam, essa massa que dá pelo nome colectivo de portugueses, sempre à procura da culpa e da desculpa, sempre alegando «não fui eu foi ele». As coisas que se vão passando neste país, e que decerto contribuiriam para o rico anedotário se ainda estivéssemos interessados na anedota (não estamos) são sintomas da doença terminal. Um ditador de província sem desígnio e sem visão é eleito num concurso o Maior Português de Sempre e Vasco da Gama fica em último lugar.
texto completo em Expresso, Clara Ferreira Alves
2 comentários:
para concursos idiotas, respostas idiotas... Acho que se está a valorizar demasiado um concurso sem quaisquer "desígnios", pelo menos aparentemente.
Welcome Back!
Há muito que não te via por aqui...
Um beijo
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