Centenas de judeus e cripto-judeus da Beira Interior (distritos da Guarda e Castelo Branco) celebram, até 10 de Abril, a Páscoa (Pessach) de acordo com ritos ancestrais.À falta de Sinagoga - a única, a Beit Eliau, existe apenas em Belmonte - o centro do culto é o seio familiar, tal como durante séculos, após a destruição dos tempos ou sua conversão para novos fins, mercê do Santo Ofício e da pressão que exerceu sobre as comunidades.
Estas mantiveram em segredo suas tradições religiosas, mercê em grande parte às mulheres que as transmitiram aos filhos. A razão é simples: eram elas que se quedavam em casa enquanto que os homens iam para o seu trabalho enquanto mercadores, mestres de ofício, negociantes, tratantes, um sem número de actividades. Nem as cruzes apostas nos umbrais das portas, testemunhadas em Judiarias de Guarda, Trancoso, Belmonte, Fundão ou Covilhã, Castelo Branco, entre outros, queriam dizer que efectivamente os seus moradores se tinham convertido ao cristianismo. Não. Na família cimentaram- -se as festas judaicas, permaneceram longe dos olhos dos cristãos e de outros curiosos até há pouco tempo. Entre elas as festas da Páscoa ou Pessach (A passagem).
texto completo em Diário As Beiras
1 comentário:
Uma boa Pessach para todos os que ainda guardam o sentimento judio nas suas familias e nas suas casas portuguesas.Shalom
"haba'ah bi Yerushalayim"
Luís Mendes Albuquerque
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