Na TSF, ouvi na quinta-feira o padre Jardim Moreira, do Observatório Europeu Anti-Pobreza, dizer que "os pobres não precisam de esmola, precisam de justiça" e pus-me a pensar que as crises são de facto terreno fértil da pobreza, mas ela não nasce do nada. Para que a pobreza seja o flagelo que é hoje em Portugal o principal factor não é a falta de dinheiro, é a falta de justiça.
E não, não são os políticos os únicos responsáveis pela construção da sociedade injusta em que vivemos. E a não existência de igualdade de oportunidades para todos os portugueses não é apenas uma questão de egoísmo da parte que nasce em berço de ouro. Vivemos numa sociedade de consumo em que a famosa classe média vive para trabalhar e trabalha para garantir que tem o que não precisa.
Vivemos num tempo em que parece obrigatório ter casa, ter carro, ter plasma, ter férias em hotéis de quatro ou cinco estrelas, ter roupas da moda. Vivemos num tempo em que ninguém quer "comprar" tempo. Tempo para ler, tempo para estar com a família, tempo para conhecer o outro, tempo para viver feliz pelo que somos capazes de fazer para ter uma sociedade mais justa.
É connosco que começamos por ser injustos e, por isso, não nos parece nada estranho que sejamos injustos com quem mais precisa. A culpa não é, portanto, apenas dos políticos, mas esta campanha mostra a quem estamos entregues. Todos querem governar, mas ninguém quer discutir o país que somos. Quando precisamos que alguém nos aponte um caminho recebemos dos políticos um beco sem saída.
in JN, Paulo Baldaia
"Se pensas que és pequeno para fazer a diferença... tenta dormir num quarto fechado com um mosquito."
Provérbio africano, no editorial da revista "Recicla"
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31.5.11
14.4.11
José Mário Branco - FMI
7.4.11
My Declaration of Independence
Dossier:
A liberdade não mora aqui,
Crítica Social
17.2.11
Será que para ir à guerra é preciso ir à guerra? Vídeo sobre sobre os crimes sexuais contra as mulheres como táctica de guerra
Dossier:
A liberdade não mora aqui,
Gentes e Factos
6.10.10
30.5.10
Mas afinal, que merda vem a ser esta?!

Lamentavelmente, há dias em que não tenho tolerância mental para suportar tudo.
E hoje é um deles.
Leio na revista do Correio da Manhã os relatos de quem não consegue pagar o que os seus filhos comem.
E isso não acontece num país onde a fome dança com os Airbus e os Helis do Sr. Presidente.
Acontece em Portugal, onde acabámos de cortar com subsídios sociais em nome de um pacote de austeridade que vale o mesmo que a ligação Poceirão Caia do TGV cuja adjudicação ocorreu há poucas semanas, mas antes da crise.
Num país onde a corrupção é aceite e não há sinais de presos por tal crime, onde os Sindicatos de barriga cheia organizam MANIFs pela defesa de direitos que não lhes pertencem, onde pilotos da TAP acham que o rendimento de Presidente da República é insuficiente para as suas funções, onde os profs arrogam-se no direito de não ser avaliados, onde as farmácias entendem que as leis de mercado não lhes são aplicáveis.
Basta!
Chega de hipocrisia. Hoje passa fome quem trabalha, na maioria das vezes por conta própria, e quem quer trabalhar.
Tudo porque uma manada de barões arroga para si o património e as oportunidades que a todos pertencem.
31.12.09
25.4.09
24 de Abril
Sabem o que foi o 25 de Abril? - Questiono um conjunto de crianças com 10 anos junto a um café.
- Foi a Implantação da República!
Não, não foi a Implantação da República. Foi a Implantação da Democracia em Portugal. Sabem, antes do 25 de Abril de 1974 existia um ditador de quem não podíamos discordar...
- Como o Presidente da Câmara?!
!?!?!?!
- Foi a Implantação da República!
Não, não foi a Implantação da República. Foi a Implantação da Democracia em Portugal. Sabem, antes do 25 de Abril de 1974 existia um ditador de quem não podíamos discordar...
- Como o Presidente da Câmara?!
!?!?!?!
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