"Se pensas que és pequeno para fazer a diferença... tenta dormir num quarto fechado com um mosquito."
Provérbio africano, no editorial da revista "Recicla"

10.3.06

Judiaria em Trancoso

Foi no reinado de D. Afonso IV que uma colónia de judeus se instalou em Trancoso.Esta colónia teve privilégios dados por D. Pedro I e D. Fernando, confirmados por D. Duarte e renovados mais tarde por cartas de D. Afonso V e D. João II.Bairro próprio, porém, só veio a ter a partir de 1361, em cumprimento do deliberado nas Cortes de Elvas, situado a nascente da Vila, onde hoje é possível encontrar muitas casas de rés-do-chão e 1 andar, com a sua porta larga, a do comércio, ao lado da porta estreita que dá acesso à habitação. Em muitas delas encontra-se ainda gravada na ombreira da porta uma cruz, sinal da conversão do seu proprietário ao cristianismo.A presença da colónia judaica foi sempre um sinal de prosperidade em Trancoso.Os livros da Chancelaria dos monarcas portugueses anteriores à extinção e proibição do judaísmo em 1497, mencionam a comuna dos judeus de Trancoso em várias ocasiões.O monarca D. João II (1481-1498) a pedido da comunidade judaica de Trancoso autorizou a ampliação da sinagoga da Vila.Na visitação à Beira, levada a efeito por Marcos Teixeira, abrangendo Trancoso, o Visitador, de 29 de Novembro a 8 de Dezembro de 1579, recolheu na Vila quarenta e quatro de pendências de práticas heréticas de cristãos –novos.As referências bibliográficas a esta experiência podem ser encontradas em Herculano “Inquisição, vol. III; Lopes Correia; Elias Lipiner “Gonçalo Anes Bandarra e os Cristãos Novos”; Bivar Guerra “Inventário dos Processos da Inquisição” e vários livros das Chancelarias de D. Pedro I, D. Afonso V e D. João II; Ferro Tavares, Maria José Tavares - Os Judeus em Portugal; José Marques - “Relações de D. Afonso V e D. João II com a comuna judaica de Trancoso.
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Fonte: Proposta elevação Trancoso a Cidade

1 comentário:

Al Cardoso disse...

Caro amigo:
Bem haja por comentar o meu blog, embora muita gente concorde connosco, no que se refere as inscricoes de cruzes e outras relacionando-as aos judeus convertidos, outros ha que as relacionam com uma religiosidade mais acentuada de cristaos velhos, e que nao teriam nada que ver com os antigos judeus, creio no entanto que estao completamente errados.
Um abraco, e boa semana.