"Se pensas que és pequeno para fazer a diferença... tenta dormir num quarto fechado com um mosquito."
Provérbio africano, no editorial da revista "Recicla"

21.5.11

Mae de violadores acusa a escola

Os quatro alunos, de 13 anos, suspeitos de terem agredido e violado uma colega, da mesma idade, numa mata junto à Escola Básica e Integrada de Trancoso, estavam proibidos de sair do estabelecimento de ensino durante o horário das aulas. A menina foi atacada pelas 15h30 de segunda-feira e, por isso, o agrupamento de escolas quer esclarecer como foi possível os menores terem saído e identificar os responsáveis.

"Os meus filhos têm cartão vermelho, pelo que estão proibidos de sair do espaço da escola durante as aulas", garantiu ao CM a mãe de dois dos rapazes envolvidos no ataque à estudante, salientando que "se tudo aconteceu em horário escolar a escola é responsável". Esta encarregada de educação só ontem foi à escola para se inteirar do brutal ataque cometidopelos filhos.

Esta não terá sido a primeira vez que alunos impedidos de se ausentarem do espaço escolar saltaram a vedação e foram para a vila. "Os que quiserem sair, ou saltam a vedação, ou metem-se no meio de outros e ludibriam os funcionários responsáveis pela segurança", explicou um dos pais.

A violação da menina – que disse à mãe que os quatro envolvidos abusaram dela – está a alarmar os pais das crianças de Trancoso, alguns dos quais passaram a levar os filhos à escola. A agravar o clima de insegurança está o facto de os responsáveis da Escola Básica Integrada não terem avisado de imediato a GNR, que só soube do sucedido na quinta-feira à tarde. "Soubemos por um popular. Três dias depois dos factos", desabafou ontem uma fonte da GNR. E a Polícia Judiciária da Guarda também não foi avisada.

O ataque à menina, de 13 anos, está a ser investigado pelo Ministério Público e foi comunicado à Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco de Trancoso. Os menores não têm responsabilidade penal mas serão punidos com base na Lei Tutelar Educativa e podem ser internados numa instituição de correcção.

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