"Se pensas que és pequeno para fazer a diferença... tenta dormir num quarto fechado com um mosquito."
Provérbio africano, no editorial da revista "Recicla"

16.5.11

Strauss-Kahn foi reconhecido na polícia




Dominique Strauss-Khann, o responsável máximo pelo FMI detido por suspeitas de agressão sexual, foi reconhecido entre uma fila de indivíduos mostrados pelas autoridades à mulher agredida, explicou a polícia nova-iorquina.
Strauss-Kahn é ouvido hoje em tribunal, numa audiência que chegou a estar marcada para domingo à noite. Segundo o advogado do francês, foi a análise das provas existentes que atrasou a audiência.

«O nosso cliente consentiu voluntariamente em ser sujeito a exames científicos e forenses» disse ainda o advogado, William Taylor. Acrescentou ainda que Strauss-Kahn «está cansado, mas bem».

Um outro advogado que trabalha para Strauss-Kahn, Benjamin Brafman, disse à AP que o seu cliente irá declarar-se inocente. Brafman é um dos mais proeminentes advogados de defesa nova-iorquinos, tendo entre os seus clientes personagens da máfia ou celebridades como Sean «P. Diddy» Combs.

Strauss-Kahn, de 62 anos, foi preso menos de quarto horas depois do alegado ataque, sendo forçado a abandonar o voo da Air France em direcção a Paris que estava prestes a partir do Aeroporto Internacional John F. Kennedy.

O director do FMI estava sozinho quando se registou no luxuoso hotel Sofitel, perto de Times Square, em Manhattan. Os motivos da sua ida a Nova Iorque não são conhecidos, uma vez que a sede do FMI é em Washington e Kahn deveria estar ontem na Alemanha, para um encontro com a chanceler Angela Merkel.

A empregada de quarto - de 32 anos e que trabalhava no hotel há três anos - disse às autoridades que pensava estar sozinha quando entrou na espaçosa suite de 3 mil dólares por noite, ao princípio da tarde de sábado. Mas Strauss-Kahn apareceu nu, saindo da casa-de-banho, e arrastou-a para um quarto, onde a agrediu sexualmente, relatou o porta-voz da polícia de Nova Iorque, Paul J. Browne.

A mulher disse à polícia que lutou com ele, mas que Kahn a arrastou para a casa de banho, onde a forçou a fazer-lhe sexo oral e lhe tentou arrancar a roupa interior. A mulher conseguiu libertar-se, fugiu do quarto e disse aos funcionários do hotel o que tinha acontecido.

Strauss-Khan tinha desaparecido quando detectives chegaram, momentos depois. Tinha-se esquecido do telemóvel e «parecia ter fugido à pressa», disse Browne.

A Polícia de Nova Iorque descobriu que estava no aeroporto, tendo sido detido pela polícia.

AP/ SOL

Há uma especie de homens, que concentram poder público, e o utilizam em proveito dos seus fetiches. A esses designo-os de energúmenos.
Ainda tenho esperança de não ter de incluir Strauss-Kahn nesse grupo social.

Sem comentários: