António
Plácido Santos, conhecido empresário trancosense, manifestou indignação
na sua página do Facebook com conduta da Associação Raia Histórica,
entidade gestora de fundos comunitários na nossa região.
Justifica
tal indignação com a insistente impossíbilidade da “Casa da Prisca” em
utilizar os canais financiados por tal organismo para a distribuição dos
seus produtos.
Informa no mesmo texto que irá dar conta de situações irregulares à Senhora Ministra da Agricultura e à Gestora do Proder.
Em
comentário a este texto, Júlio Sarmento, Presidente do Conselho de
Administração da Raia Histórica, vem contestar a acusação, lembrando que
aquela instituição tem apoiado diversos projectos da família Plácido
Santos, e que nesta fase de implementação da rede de lojas, não é
suposto integrarem industriais da região.
José
Amaral da Veiga, profissional liberal e membro da Concelhia do Partido
Socialista, vem apoiar a indignação do empresário, denunciando que tem
tomado conhecimento de diversas denúncias sobre as contratações de
serviços daquela entidade, bem como sobre a utilização abusiva das suas
viaturas.
Em
resposta, o autarca Júlio Sarmento vem repudiar a atitude “daqueles que
não criam um posto de trabalho” e assume aqui a propriedade de dois
investimentos locais. A saber: o centro de inspecções e o hotel.
Com esta revelação, junta-se ao estimado grupo de políticos lusos com ambição tardia para os negócios.
Aproveita
ainda o seu comentário para sugerir uma candidatura aos fundos europeus
a outro empreendedor insatisfeito, recomendando o contacto directo, em
detrimento dos serviços competentes daquela associação.
Ciclicamente, a Raia Histórica é alvo de suspeitas sobre os critérios de atribuição dos fundos comunitários.
Esta
situação é insustentável. Porque coloca em causa os critérios de gestão
do Proder na região e porque atenta ao bom nome dos administradores e
colaboradores da instituição.
Creio
que estas criticas não podem ficar sem resposta, sob pena de se
considerar como verdade que existem critérios discriminatórios na
utilização dinheiros europeus.
Citando o filósofo Agostinho da Silva, “Os povos serão cultos na medida em que entre eles crescer o número dos que se negam a aceitar qualquer
benefício dos que podem; dos que se mantêm sempre vigilantes em defesa
dos oprimidos não porque tenham este ou aquele credo político, mas por
isso mesmo, porque são oprimidos e neles se quebram as leis da
Humanidade e da razão; dos que se levantam, sinceros e corajosos, ante
as ordens injustas, não também porque saem de um dos campos em luta, mas
por serem injustas; dos que acima de tudo defendem o direito de pensar e
de ser digno."
Crónica de Frederico Lucas para a Rádio Altitude
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