"Se pensas que és pequeno para fazer a diferença... tenta dormir num quarto fechado com um mosquito."
Provérbio africano, no editorial da revista "Recicla"

4.2.07

Baraças compra instalações da Rohde por três milhões

O Negócio terá custado mais de três milhões ao grupo de Souropires

A empresa de construção civil António José Baraças e Irmãos adquiriu as instalações da antiga fábrica de calçado Rohde, em Pinhel, por mais de três milhões de euros. A unidade, com 30 mil metros de área descoberta e 850 metros quadrados de área coberta, estava à venda desde Março do ano passado por um valor nunca divulgado pelo fabricante alemão.

De acordo com o empresário, o grupo tenciona alugar espaços a potenciais investidores na "cidade-falcão": «Este é o nosso contributo para evitar que Pinhel fique cada vez mais pobre e sem gente, como está a acontecer desde que a Rohde encerrou», afirmou. António José Baraças acrescentou ainda que só avançou porque não houve interessados no negócio, uma vez que a sua empresa «já tem instalações que cheguem». O desafio está agora em atrair investimentos para a cidade, uma tarefa iniciada no final da semana passada e que já terá cativado o interesse de alguns empresários. Quem está disponível para ajudar é a autarquia local, que também quis adquirir os pavilhões e a área circundante da Rohde. «É bom saber que foi um empresário do concelho que ficou com as instalações, mas o que importa agora é rentabilizar as áreas disponíveis de forma a criar postos de trabalho em Pinhel», sublinhou António Ruas.

Inicialmente, a decisão de colocar a fábrica à venda não agradou ao presidente do município: «Pelo menos, moralmente, deveriam ter a obrigação de nos contactar e saber se estaríamos interessados em comprar a fábrica. Era o mínimo que poderiam ter feito», reclamou na altura. Recorde-se que o terreno onde a Rohde se instalou há quase 16 anos custou à Câmara mais de 500 mil euros em 1990, mas foi vendido, devidamente infraestruturado, à multinacional alemã por 25 cêntimos o metro quadrado, isto é, entre 30 a 40 mil euros. Em contrapartida, a empresa acordou permanecer no município durante 15 anos, revertendo depois para o seu património. Foi o que aconteceu.

in O Interior

Sem comentários: