Depois do grande sucesso da segunda edição, a Feira do Fumeiro, Sabores e Artesanato do Nordeste da Beira está de regresso a Trancoso, este fim-de-semana. O Pavilhão Multiusos da cidade vai acolher cerca de 72 expositores, do Douro Superior e Terras do Côa até ao sopé da Serra da Estrela e às margens do Alto Zêzere, a quem caberá dar a conhecer a fileira dos produtos regionais. O certame é organizado pela Associação Empresarial do Nordeste da Beira (AENB), Cooperativa Bandarra e Raia Histórica - Associação de Desenvolvimento do Nordeste da Beira. Pela primeira vez, o certame dura dois dias, porque «é desgastante e difícil manter os produtores tantos dias», justifica António Oliveira, presidente da AENB, que já tinha anunciado esta intenção no ano passado. A feira abre portas no sábado às 10h30 e encerra às 23 horas, já no domingo arranca às 11h e termina às 21 horas. O número de expositores é o mesmo do ano transacto, 72 agentes económicos, «pois é a capacidade que o pavilhão dispõe para este tipo de eventos», refere o responsável, acrescentando que vai ter um "lay-out" diferente. «Se no ano passado foi um enorme sucesso, desta vez esperamos ultrapassar todas as expectativas», diz, optimista, António Oliveira. Para além das sardinhas doces, naquele certame também se pode encontrar chouriça, moira, morcela, farinheira ou bucho, entre outros enchidos tradicionais. Tudo bem regado com azeite e vinho da região, acompanhado pelos queijos. Para a sobremesa, os doces de Moncorvo ou o folar de Vinhais, feitos na hora. E ainda, o artesanato e outros produtos regionais oriundos da região, mas também de fora. Este ano a organização vai apostar mais na animação. Para António Oliveira, «o fundamental é a promoção do sector de fumeiros e fumados da região», por isso, investiram tanto em "outdoors" pela região Centro. Aliás, este é um sector «onde é expectável um futuro mais risonho», afiança o presidente da AENB. Segundo um estudo da associação, só o concelho de Trancoso produz anualmente mil toneladas de enchidos e fumados. Neste momento ali estão sediadas duas salsicharias de produção industrial, cinco salsicharias artesanais, duas unidades de lacticínios industrial e 32 queijarias tradicionais, todas licenciadas pelas entidades competentes. «Números que nos levam a acreditar que a produção vai duplicar a curto prazo», acredita o responsável, para quem este é sector «sustentável» na economia da região e emprega cerca de 150 pessoas no concelho.
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Fonte: Jornal o Interior
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