"Se pensas que és pequeno para fazer a diferença... tenta dormir num quarto fechado com um mosquito."
Provérbio africano, no editorial da revista "Recicla"

26.12.07

Assembleia aprova orçamento de 17 milhões

A Assembleia Municipal de Vila Nova de Foz Côa aprovou o orçamento, para 2008, num valor superior a 17,67 milhões de euros, a investir sobretudo nas áreas de Educação, Turismo e Acção Social.

O orçamento aprovado representa um aumento de mais três milhões de euros referentes ao orçamento do ano em curso. Os documentos aprovados, em que se incluíram o Plano Plurianual de Investimentos e Plano de Actividades Municipais, receberam os votos favoráveis dos 19 eleitos do Partido Socialista (PS) e de dois do Partido Social Democrata (PSD) e ainda sete votos contra e quatro abstenções.
Esta reunião da Assembleia Municipal de Vila Nova de Foz Côa foi a primeira após a derrota de uma moção de censura ao executivo municipal, apresentada pelos sociais-democratas, tendo sido "notada a ausência de cinco membros do PSD e registado três substituições".
O líder do Grupo Municipal do PS na assembleia municipal, Bruno Navarro, considera este "um facto político que poderá, eventualmente, estar relacionado com os acontecimentos da última sessão da assembleia municipal extraordinária, que culminou com o abandono da bancada do PSD daquele reunião". Bruno Navarro fez também notar a "ausência de qualquer intervenção política que procurasse recuperar os temas polémicos lançados na referida moção de censura" que ocorreu após a denúncia pelo vereador social-democrata, Gustavo Duarte, de despesas efectuadas pelo presidente da câmara, Emílio Mesquita e por membros do seu executivo e gabinete que foram contestadas pelo PSD argumentando "despesismo" e de irregularidades no pagamento de ajudas de custo e deslocações ao serviço da autarquia.

Moção de censura
a vereador do PSD
Na reunião do executivo, o PS fez aprovar, por seu turno, uma outra moção de censura dirigida ao vereador Gustavo Duarte que a considerou ilegal argumentado que a votação deveria ter sido secreta por estar em causa "o comportamento de determinada pessoa".
Na altura, o eleito do PSD disse que "o ridículo tomou conta desta câmara municipal e é com actos como este que se pode medir o grau de prepotência e arrogância com que esta autarquia está a ser gerida", questionando mesmo "qual é o papel do vereador na oposição, se não é fiscalizar, chamar a atenção, reagir, votar em discordância quando o deva fazer, denunciar quando há coisas graves que devem ser conhecidas do público em geral e das autoridades competentes, em particular".
A isto, a Comissão Política do PSD veio acrescentar, em comunicado, que a moção "pretendia significar discordância, de forma inequívoca, sobre o modo como Emílio Mesquita vem gerindo este município, avalizando os comportamentos, por actos e omissões, do presidente da câmara".
Por seu turno, Vítor Magalhães, presidente do PS fozcoense, em declarações ao Pinhel Falcão, comentou não estranhar a tomada de posição dos sociais-democratas, "uma vez que o PSD de Foz Côa sente que as coisas estão a mudar" e que "o PS vê neste executivo uma grande atitude e uma grande política de desenvolvimento deste concelho".

in Diário As Beiras

Sem comentários: