"Se pensas que és pequeno para fazer a diferença... tenta dormir num quarto fechado com um mosquito."
Provérbio africano, no editorial da revista "Recicla"

10.7.06

PNPOT: Recomendaçoes para o Desenvolvimento da Beira Interior


Seguem as recomendações para o desenvolvimento do território da Beira Interior, enunciadas no Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território:

• Explorar o potencial do eixo urbano estruturado pela A23 (Guarda-Covilhâ-Castelo Branco), traduzindo-o num conceito de desenvolvimento policêntrico valorizador de sinergias e complementaridades num quadro estruturado de cooperação inter-urbana;
• Explorar a posição estratégica da Guarda nos eixos rodoviários e ferroviários para o desenvolvimento de serviços logísticos e para a localização empresarial;
• Apoiar as apostas da Covilhã de articular o pólo universitário com um pólo de localização de actividades mais intensivas em tecnologia e conhecimento;
• Reforçar o papel de Castelo Branco na articulação com o Médio Tejo e com as regiões de Espanha, criando condições para sedear actividades orientadas para os mercados do litoral e do interior da Península;
• Assumir uma estratégia comum de afirmação territorial e de aprofundamento da cooperação transfronteiriça e de exploração das oportunidades decorrentes da ligação a Espanha;
• Suportar o dinamismo emergente nas pequenas vilas melhor posicionadas
relativamente aos eixos de comunicação e favorecer a sua articulação com as principais
cidades;
• Promover o turismo nomeadamente nas áreas de maior valia patrimonial ou ambiental:
aldeias históricas, Serra da Estrela, Vale do Côa/Vale do Douro;
• Valorizar os projectos de regadio da Cova da Beira e Idanha;
• Valorizar os recursos hídricos e recuperar a qualidade da água, concluindo os projectos integrados de despoluição, em particular, nas bacias do Mondego e do Zêzere;
• Organizar a rede de equipamentos de âmbito supra-municipal numa lógica de complementaridade, de especialização e de funcionamento concertado;
• Implementar soluções inovadoras de transporte público nas áreas rurais;
• Preservar a qualidade da paisagem e prevenir os fogos florestais.

Versão integral do relatório em http://territorioportugal.pt/

Serão estas medidas exequiveis? Estará a "sociedade civil" mobilizada para estas medidas?

4 comentários:

Anónimo disse...

Caro Frederico,

Retornamos mais uma vez a um tema tão interessante quanto dificil. Interessante pela pertinência do assunto, dificil pois quantos de nós estamos preparados para questioná-lo e debatê-lo.

Chuss

Ninive

Frederico Lucas disse...

Concordo consigo.

Mas penso que, tendo tido acesso a esta informação, não fazia sentido não a partilhar com os interessados.

Um abraço

Frederico Lucas disse...

Caro Vasco agradeço as suas palavras assim como agradeço a sua insistente participação.

Como imagina hesito sempre em escrever sobre o PNPOT, uma vez que o assunto interessa a uma minoria. Mas como irá implicar com a vida de todos, penso que tenho o dever formal de partilhar a informação.

As questões que levanta estão muitissimo bem elaboradas e estão neste momento a ser objecto de estudo por parte da Associção de Municipios do Vale do Côa, que definiu um prazo de 180 para a sua conclusão.

Face aos meus antecedentes profissionais em Alqueva, tenho uma ideia para o mesmo que carece de validação. Vamos aguardar pela conclusão do estudo.

Um abraço


PS: Quanto vier a Trancoso não deixe de me informar para ter o prazer de o conhecer.

Frederico Lucas disse...

Cara Ninive,
Só agora vi o seu comentário ao post PNPOT:Preâmbulo onde questiona sobre a utilidade do mesmo.
Efectivamente cometi esse erro de não explicar os objectivos deste Programa Nacional e vou por isso fazer nos próximos posts.


Obrigado pela recomendação