A partir de segunda-feira, as urgências vão mesmo fechar à noite, mas só em Aguiar da Beira e Fornos de Algodres. A confirmação foi transmitida, ontem, aos autarcas pelo presidente da Administração Regional de Saúde (ARS), que percorreu os sete municípios do distrito da Guarda cujos Serviços de Atendimento Permanente estão para encerrar das 22 horas às oito da manhã. Fernando Regateiro abriu, contudo, excepções, uma vez que os SAP de Trancoso e Almeida serão poupados este ano. O mesmo poderá acontecer no Sabugal e Pinhel, enquanto Celorico da Beira deverá juntar-se à lista dos que vão fechar a 4 de Dezembro. Informação que o JN não conseguiu confirmar, pois as reuniões ainda prosseguiam à hora do fecho desta edição.
Em Trancoso, onde a possibilidade do fecho se mantém, respira-se de alívio e o buzinão de sábado foi desconvocado.
"O presidente da ARS assumiu o compromisso de que não será tomada qualquer decisão antes de vir falar com o Executivo", revelou o autarca local. Júlio Sarmento até propôs uma "moratória", segundo a qual "não deve encerrar à noite nenhum SAP do distrito até que a nova rede de Urgências seja devidamente testada".
Mas Fernando Regateiro levou outras propostas para Coimbra a primeira é a manutenção dos SAP nocturnos em todos os concelhos, "por causa da população idosa, das carências económicas de muitos dos nossos munícipes e das distâncias". Outra é a criação de dois Serviços de Urgência Básica (SUB) em vez do previsto para Vila Nova de Foz Côa.
"Essa nunca será a solução ideal. Justifica-se mais um para servir Figueira, Almeida e Pinhel e outro para Trancoso, onde ficaria instalado, Mêda e Foz Côa", defende Júlio Sarmento.
Já o presidente da Câmara de Almeida considera este volte face "um recuo" da ARS "Só confirma que os dados não estavam devidamente analisados e que o documento final de restruturação da Rede de Urgências deve ser repensado", afirmou Baptista Ribeiro.
Irritado estava o edil de Fornos de Algodres. "Concordávamos com a medida desde que fossem fechados os sete SAP anunciados, mas se assim não vai ser haverá barulho", avisou José Miranda.
in DN, Luís Martins


















